Missioneira
Eu pela noite negra dos teus cabelos
Tu acendendo estrelas pra me guiar
Eu procurando a chave dos teus segredos
Tu apagando o rastro do teu olhar
Pra que rincões a vida levou teus passos
Flor das missões que vive nos sonhos meus
Como entender que um dia estando em meus braços
Com luz de sol me sorriu
E com uma voz de rio disse adeus
E é este amor que me traz assim
Peregrino em busca do teu querer
E é minha dor que jamais tem fim
Que serena os lírios no amanhecer
Linda missioneira da voz de rio
Flor que na fronteira da solidão
Me adoçou a boca e depois partiu
E amargou pra sempre meu coração
Por onde andarás, por onde andarei
Que será do amor que eu jurei por ti
Que será de ti sem o que eu te dei
Que será de mim que já te perdi
Sangra a terra vermelha dessas estradas
Arde no sal do rosto o sol do verão
E eu qual um andarilho pelas quebradas
Vou maldizendo os rumos dessa paixão
Louco de amar assim teu amor selvagem
Louco de amar a imagem que eu quero bem
Sem entender que passas pela paisagem
Igual a flor do aguapé que é linda
Mas que não é de ninguém!
Misionero
yo por la noche negra de tu cabello
Estás iluminando estrellas para guiarme
Yo buscando la clave de tus secretos
Borras el rastro de tu mirada
A qué rincones llevó la vida tus pasos
Flor de las misiones que vive en mis sueños
Como entender que un día estar entre mis brazos
Con la luz del sol sonreí
Y con voz de río me despedí
Y es este amor que me trae así
Peregrino en busca de tu amor
Y es mi dolor que nunca termina
Que serenos los lirios al amanecer
Hermosa misionera de la voz de Rio
Flor que en la frontera de la soledad
Endulzó mi boca y luego se fue
Y por siempre amargo mi corazón
¿Adónde irás, adónde iré yo?
Que sera del amor que te jure
que sera de ti sin lo que te di
que sera de mi que ya te perdi
La tierra roja de estos caminos sangra
El sol de verano quema en la sal de la cara
Y me gusta un vagabundo por los barrancos
Estoy maldiciendo los caminos de esta pasión
Loco por amar tu amor salvaje así
Loco por amar la imagen que yo quiero bien
Sin entender que pasas por el paisaje
Como la flor del jacinto de agua que es hermosa
¡Pero eso no es asunto de nadie!
Escrita por: Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira