História de Um Outro Alguém
Já mirei vastos destinos
Já tracei longos caminhos
Tropecei à luz da lua
Desaguei em plena rua
Arrastei-me até a porta
Pareceu-me torpe e torta
Adentrei por uma fresta
Lambuzei-me nessa festa
Mergulhei no poço fundo
Emergi podre e imundo
Afundei no cativeiro a esmo
Sequestrado por mim mesmo
Atolado até os ossos
Remoendo os meus destroços
Com uma sanha irrefreável
De um prazer insaciável
Não há quem possa resgatar-me
Se não for minha a decisão
Deste meu mal só vou salvar-me
Se ajustar a direção
Deste meu mal só vou salvar-me
Se ajustar a direção
Não há quem possa resgatar-me
Se não for minha a decisão
Percebi tal minha história
Quantos outros têm na memória
Vê se pode tanta tortura
Por escolha tão insegura
Tanto tombo, só desatino
Tão severo este destino
Sem perdão, sem indulgência
Leva todos à indigência
Historia de Otro Alguien
Ya he mirado vastos destinos
Ya he trazado largos caminos
Tropecé a la luz de la luna
Desagué en plena calle
Me arrastré hasta la puerta
Me pareció torpe y torcida
Entré por una rendija
Me embadurné en esa fiesta
Me sumergí en el pozo profundo
Emergí podrido e inmundo
Me hundí en el cautiverio al azar
Secuestrado por mí mismo
Atascado hasta los huesos
Removiendo mis escombros
Con un deseo incontenible
De un placer insaciable
No hay quien pueda rescatarme
Si no es mi decisión
De este mal solo me salvaré
Si ajusto la dirección
De este mal solo me salvaré
Si ajusto la dirección
No hay quien pueda rescatarme
Si no es mi decisión
He comprendido mi historia
Cuántos otros la tienen en la memoria
Mira si puede haber tanta tortura
Por una elección tan insegura
Tantas caídas, solo desatino
Tan severo este destino
Sin perdón, sin indulgencia
Lleva a todos a la indigencia