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Ojo de Vidrio (part. Rionegro y Solimões)

Marcos Paulo e Marcelo

Olho de Vidro (part. Rionegro e Solimões)

Soldados armados em grande batalha
Cobriam de sangue a terra alemã
Ali onde a morte era trunfo e vitória
Raiava mais uma sangrenta manhã
Seguiram as buscas ao grande inimigo
Soldados formados por um batalhão
E quando invadiam a velha ruína
Saiu um menino com as mãos para cima
Pedindo clemência e chamando atenção

Senhores soldados eu peço clemência
Me poupem a vida em nome de Deus
Eu sou uma vida que está começando
Talvez salve ainda um filho dos seus
Meus pais e parentes também já morreram
Não há mais ninguém que me possa valer
Eu não tenho culpa se houve esta guerra
Nem que seja contra as leis de sua terra
Pelo amor de Deus me deixem viver

E quando os soldados já estavam na mira
Ouviram a voz do senhor capitão
Vou dar-lhe um teste uma chance de vida
Somente por sorte terá salvação
Não sabes que tenho um olho de vidro
Herança que a guerra também me deixou
Será o esquerdo ou será o direito?
Pois este transplante foi quase perfeito
Que em mais de 10 anos ninguém reparou

O pobre menino chorando assustado
Fitando o olhar do senhor capitão
Em meio a seu pranto falou a sorrir
Nem mesmo a ciência engana um cristão
Vou dar-lhe a resposta com toda a certeza
Entrego-lhe a vida se acaso eu errar
Seu olho direito é o de verdade
Que mostra um pouco de amor e piedade
Que o olho de vidro não pode mostrar

Ojo de Vidrio (part. Rionegro y Solimões)

Soldados armados en gran batalla
Cubrían de sangre la tierra alemana
Allí donde la muerte era triunfo y victoria
Amanecía otra sangrienta mañana
Seguían las búsquedas al gran enemigo
Soldados formados por un batallón
Y al invadir la vieja ruina
Salió un niño con las manos en alto
Pidiendo clemencia y llamando la atención

Señores soldados les pido clemencia
Sálvenme la vida en nombre de Dios
Soy una vida que está comenzando
Tal vez aún salve a un hijo de ustedes
Mis padres y parientes también han muerto
Ya no hay nadie que pueda ayudarme
No tengo culpa si hubo esta guerra
Ni aunque sea contra las leyes de su tierra
Por amor a Dios déjenme vivir

Y cuando los soldados ya estaban en la mira
Oyeron la voz del señor capitán
Voy a darle una prueba, una oportunidad de vida
Solo por suerte tendrá salvación
¿No sabes que tengo un ojo de vidrio?
Herencia que la guerra también me dejó
¿Será el izquierdo o será el derecho?
Pues este trasplante fue casi perfecto
Que en más de 10 años nadie reparó

El pobre niño llorando asustado
Mirando fijamente al señor capitán
En medio de su llanto dijo sonriendo
Ni siquiera la ciencia engaña a un cristiano
Voy a darle la respuesta con toda certeza
Le entrego la vida si acaso me equivoco
Su ojo derecho es el verdadero
Que muestra un poco de amor y piedad
Que el ojo de vidrio no puede mostrar

Escrita por: Joao Batista / Manoelito Nunes / Valderi