Avózinha

De mãos enrugadas, já trementes
Com as lunetas sobre 0 nariz
A minha avózinha, já sem dentes
Contava histórias que me faziam feliz:
Branca de Neve e os sete anões
João Ratão, lendas feudais
Ali-ba-bá e os seus Iadrões
E tantas mais

Avózinha, vá lá só mais uma
Conta que eu não faço Ó Ó
Conta aquela da Fada de Espuma
Conta alguma querida avó
E se acaso eu me deixar dormir
Amanhã o final eu quero ouvir
Só mais uma p'ra tua netinha
Conta alguma, avózinha

P'ra junto de Deus foi a avózinha
Partíu um dia, deixou-me só
Deu-me Deus, em troca uma filhinha
P”ra que eu, um dia, saiba ser também avó
E como Deus tudo perfilha
Com todo o seu grande poder
Da minha filha, a sua filha
Há-de dizer
Avózinha, vá lá

Abuelita

Manos arrugadas, ya temblando
Con catalejos sobre la nariz
Mi abuela, ya no tiene dientes
Me contó historias que me hicieron feliz
Blanca Nieves y los Siete Enanos
João Ratão, leyendas feudales
Ali-ba-ba y sus ladrones
y muchos mas

Abuela, vamos solo uno más
Dime que no lo hago Oh Oh
Cuéntale al Hada de la Espuma
Dile a alguna querida abuela
Y si me dejo dormir
Mañana el final quiero escuchar
Solo uno más para tu nieta
dime, abuela

P'ra al lado de Dios estaba la abuela
Se fue un día, me dejó solo
Dios me dio una hijita a cambio
Para que yo, un día, sepa ser abuela también
Y como Dios perfila todo
Con todo tu gran poder
De mi hija, a tu hija
diría
Abuela, ve allí

Composição: Alves Coelho Filho