Finge
A menina dos meus olhos
Dança na rima da minha retina
Diz que é para eu desvendá-la
Pede para eu descobri-la
Através do teu silêncio
Do desenho do teu rosto
Do seus peitos de menina
Do seu jeito de não rir
Ela finge que finge que finge
Que é minha esfinge
E apenas se revela quando flui
Incerta e bela
No contra luz da janela
Que acaba de se abrir
Finge
La niña de mis ojos
Baila en la rima de mi retina
Dice que debo descifrarla
Pide que la descubra
A través de tu silencio
Del dibujo de tu rostro
De tus pechos de niña
De tu manera de no reír
Ella finge que finge que finge
Que es mi esfinge
Y solo se revela cuando fluye
Incierta y hermosa
En contraluz de la ventana
Que acaba de abrirse
Escrita por: Graça Motta / Mariana Volker