395px

Mi favela, mi barrio marginal

Mauricião Afroage

Minha Quebrada Minha Favela

Acordo de manhã e abro a janela
Minha quebrada! Minha favela!
Como eu milhares de pessoas
Moram aqui e tão de boa
Acordam bem cedo e vão trabalhar
Se não tem emprego, vão procurar
Carteira assinada é coisa rara

Um bico aqui e ali e traz feijão pra casa
De certa forma cumprem o seu papel
Se não encontram nada vão vender papel
Fazem bolo em casa e vão vender
Venda porta a porta pra sobreviver
São seguranças são taxistas
Bancas de jornais são diaristas

Com criatividade vão respeitando toda gente
Alguns são estudantes, outros de sangue quente
E dizem por aí: O país está crescendo
E o povo daqui vai sobrevivendo
E o povo daqui vai sobrevivendo

Mi favela, mi barrio marginal

Me levanto por la mañana y abro la ventana
Mi barrio, mi favela
Como yo, miles de personas
Viven aquí y están tranquilos
Se levantan temprano y van a trabajar
Si no tienen trabajo, van a buscar
Tener un trabajo fijo es algo raro

Un trabajo temporal aquí y allá, y traen frijoles a casa
De alguna manera cumplen su papel
Si no encuentran nada, van a vender papel
Hacen pasteles en casa y los venden
Ventas puerta a puerta para sobrevivir
Son guardias de seguridad, son taxistas
Puestos de periódicos, son diaristas

Con creatividad van respetando a toda la gente
Algunos son estudiantes, otros de sangre caliente
Y dicen por ahí: El país está creciendo
Y la gente de aquí va sobreviviendo
Y la gente de aquí va sobreviviendo

Escrita por: Mauricião Afroage / Jeeh Afroage