Incógnita - Augusto Dos Anjos
Por que misterioso incompreensível
Vomito ainda em náuseas para o mundo
Todo o fel, toda a bílis do iracundo
Se eu já não tenho a bílis putrescível?
Insondável arcano! Por que inundo
Meu exótico ser ultra-sensível
Em plena luz e atendo ao gosto horrível
De apostrofar o pobre corpo imundo?
Fluidos teledinâmicos me servem
Transmitindo as ideias que me fervem
No cérebro candente, ígneo, em brasa
De que concavidade do Universo
Vem-me o açoite flamívomo do verso
Chama da mesma chama que me abrasa?
Incógnita - Augusto Dos Anjos
Por qué misterioso e incomprensible
Sigo vomitando en náuseas para el mundo
¿Todo el hiel, toda la bilis del iracundo
Si ya no tengo la bilis putrescible?
¡Arcano insondable! ¿Por qué inundo
Mi ser exótico ultra-sensible
En plena luz y atento al gusto horrible
De apostrofar al pobre cuerpo inmundo?
Fluidos teledinámicos me sirven
Transmitiendo las ideas que me hierve
En el cerebro candente, ígneo, en brasa
¿De qué concavidad del Universo
Me viene el látigo flamívomo del verso
Llama de la misma llama que me abrasa?
Escrita por: Mauricio Gringo