Voz Humana - Augusto dos Anjos (Espírito)
Uma voz, duas vozes, outras vozes
Milhões de vozes, cosmopolitismos
Gritos de feras em paroxismos
Uivando subjugadas e ferozes
É a voz humana em intérminas nevroses
Seja nas concepções dos ateísmos
Ou mesmo vinculada a gnosticismos
Nos singultos preagônicos, atrozes
É nessa eterna súplica angustiada
Que eu vejo a dor em gozos, insaciada
Nutrir-se de famélicos prazeres
A dor, que gargalhando em nossas dores
É a obreira que tece os esplendores
Da evolução onímoda dos seres
Voz Humana - Augusto dos Anjos (Espírito)
Una voz, dos voces, otras voces
Millones de voces, cosmopolitismos
Gritos de fieras en paroxismos
Aullando subyugadas y feroces
Es la voz humana en interminables neurosis
Ya sea en las concepciones del ateísmo
O incluso vinculada al gnosticismo
En los sollozos preagonizantes, atroces
Es en esta eterna súplica angustiada
Que veo el dolor en placeres, insaciable
Nutriéndose de famélicos placeres
El dolor, que riendo en nuestras penas
Es la obrera que teje los esplendores
De la evolución omnímoda de los seres