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Silencios

Max Teodoro

Silêncios

Deito na cama de costas
Abro-me como tu gostas
Mas não dizes nada
Não fazes nada

Sinto em teu corpo um perfume
Que enche meu ser de ciúme
Mas não digo nada
Não faço nada

E assim
Eu me entrego a você todo dia
Pra ter
Ao meu lado quem tanto eu queria

Volto pra cama e de bruços
Purgo do peito em soluços
A dor deste fardo
De estar ao seu lado

Mas quando retornas me calo
Quero somente
Abraçá-lo
Mas não faço nada
E me sinto arrasada

Porque são demais os esforços que eu faço
Pra ter como paga um simples abraço

Diz por quê
Não pude mais
Pra você
Ser o cais

O porto onde ancoras
E fica por horas

Diz amor
Se a solidão
Vai se pôr
No coração

Ao passo em que peço
A ti um abraço

Eu queria ter você
Mas só ouço tanto faz
Eu preciso desse amor
Que reflete minha paz
Eu queria mais
Que um segundo
E o que prometeu
Não estou tendo

Silencios

De espaldas en la cama
Me abro como te gusta
Pero no dices nada
No haces nada

Siento en tu cuerpo un perfume
Que llena mi ser de celos
Pero no digo nada
No hago nada

Y así
Me entrego a ti todos los días
Para tener
A mi lado a quien tanto quería

Vuelvo a la cama y boca abajo
Expulso del pecho en sollozos
El dolor de esta carga
De estar a tu lado

Pero cuando regresas me callo
Solo quiero
Abrazarte
Pero no hago nada
Y me siento destrozada

Porque son demasiados los esfuerzos que hago
Para tener como pago un simple abrazo

Dime por qué
Ya no pude más
Para ti
Ser el puerto

El puerto donde anclas
Y te quedas por horas

Dime amor
Si la soledad
Se va a instalar
En el corazón

Mientras te pido
Un abrazo

Quería tenerte
Pero solo escucho que da igual
Necesito este amor
Que refleja mi paz
Quería más
Que un segundo
Y lo que prometiste
No lo estoy teniendo

Escrita por: Mykel Max Teodoro