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País Sin Norte

RAPadura Xique-Chico

País Sem Norte

Eu não me esqueço quem sou!
Você sabe de onde vim
Ainda pergunta por que sou assim
Filho dessa terra, aqui sou feliz
Canto com orgulho da minha raiz
E seja como for
Se o mundo inteiro tá frio
Se derrete com meu calor
Pois nunca me esqueço quem sou!
Você veio de onde vim
Não se reconhece quando olha pra mim
Olhe meu cabelo, minha boca e nariz
Já que nós viemos do mesmo país
Olhe bem pra nossa cor
Só que enxergam a cor do pecado
Não me enxergam uma cor do amor
E é nisso que eu dou valor!
Não bote carimbo no meu Carimbó
Não quero ser gringo, te dou um nó
Se não tem respeito com a nossa gente
Sai da frente que vai ser mió
A mulher indígena que não tá só
Dando luz e vida por um bem maior
Chega de estrangeiro, bagunceiro
Fazendo o pior, vai pros cafundó!
E a nossa gente vem
Até quando eles dizem: Não vão
Somos todos filhos da terra
E esse é o nosso chão
E a nossa gente vem
Até quando eles dizem: Não vão
Somos todos filhos da terra
E esse é o nosso chão
Um país sem Norte
Que dança sem chão
Tudo vendido
Um país tão forte
Não vai morrer, não
Não será vencido
Mistura de cores e raças
Negro, índio, eu também sou
Respeitem as dores e graças
Povo lindo, luta e amor
Eu não me esqueço quem sou!
Se não sabe de onde vem
Fica difícil saber quem é quem
Sistema escraviza e não quer teu bem
Só monopoliza pra não ir além
E seja como for
Se a minha estrada é um rio
Eu deságuo num mar de amor
Pois nunca me esqueço quem sou!
Se você não sabe quem é
Volte a nascente do igarapé
Plante uma semente, a planta do pé
Sou Amazônia, resistência e fé
Olhe bem nosso labor
Se não dá valor no açaí
Não merece sentir o sabor
E nunca reclame do nosso calor
Não tenho vergonha de ser diferente
E acho bonito meu sotaque forte
A minha essência e minha vivência
Numa só frequência, rápido galope
Não tô abaixo por não tá no meio
Eu tô acima do mapa de corte
Eu não sou alheio, eu sou brasileiro
Num país inteiro que perdeu seu Norte
E a nossa gente vem
Até quando eles dizem: Não vão
Somos todos filhos da terra
E esse é o nosso chão
E a nossa gente vem
Até quando eles dizem: Não vão
Somos todos filhos da terra
E esse é o nosso chão
Um país sem norte
Que dança sem chão
Tudo vendido
Um país tão forte
Não vai morrer, não
Não será vencido
Mistura de cores e raças
Negro, índio, eu também sou
Respeitem as dores e graças
Povo lindo, luta e amor
E a nossa gente vem
Até quando eles dizem: Não vão
Somos todos filhos da terra
E esse é o nosso chão
E a nossa gente vem
Até quando eles dizem: Não vão
Somos todos filhos da terra
E esse é o nosso chão
Você sabe de onde eu vim
Eu não me esqueço quem sou!
Você veio de onde eu vim
Eu não me esqueço quem sou!
Você sabe de onde eu vim
Eu não me esqueço quem sou!
Você veio de onde eu vim
País sem Norte!

País Sin Norte

No olvido quién soy
Sabes de dónde vengo
Aún preguntas por qué soy así
Hijo de esta tierra, aquí soy feliz
Canto con orgullo de mis raíces
Y sea como sea
Si el mundo entero está frío
Se derrite con mi calor
¡Pues nunca olvido quién soy!
Tú vienes de donde vengo
No te reconoces cuando me miras
Mira mi cabello, mi boca y nariz
Ya que venimos del mismo país
Mira bien nuestro color
Solo ven el color del pecado
No ven un color de amor
¡Y en eso encuentro valor!
No pongas etiqueta en mi Carimbó
No quiero ser extranjero, te hago un lío
Si no respetas a nuestra gente
¡Aléjate que será mejor!
La mujer indígena que no está sola
Dando luz y vida por un bien mayor
Basta de extranjeros, alborotadores
Haciendo lo peor, ¡vayan a los cafundó!
Y nuestra gente viene
A pesar de que dicen: No irán
Todos somos hijos de la tierra
Y esta es nuestra tierra
Y nuestra gente viene
A pesar de que dicen: No irán
Todos somos hijos de la tierra
Y esta es nuestra tierra
Un país sin Norte
Que baila sin suelo
Todo vendido
Un país tan fuerte
No morirá, no
No será vencido
Mezcla de colores y razas
Negro, indio, yo también soy
Respeten los dolores y gracias
Pueblo hermoso, lucha y amor
No olvido quién soy
Si no sabes de dónde vienes
Es difícil saber quién es quién
El sistema esclaviza y no quiere tu bien
Solo monopoliza para no ir más allá
Y sea como sea
Si mi camino es un río
Desemboco en un mar de amor
¡Pues nunca olvido quién soy!
Si no sabes quién eres
Vuelve a la fuente del arroyo
Planta una semilla, la planta del pie
Soy Amazonía, resistencia y fe
Mira bien nuestro trabajo
Si no valoras el açaí
No mereces sentir el sabor
Y nunca te quejes de nuestro calor
No tengo vergüenza de ser diferente
Y me parece hermoso mi acento fuerte
Mi esencia y mi experiencia
En una sola frecuencia, rápido galope
No estoy por debajo por no estar en el medio
Estoy por encima del mapa de corte
No soy ajeno, soy brasileño
En un país entero que perdió su Norte
Y nuestra gente viene
A pesar de que dicen: No irán
Todos somos hijos de la tierra
Y esta es nuestra tierra
Y nuestra gente viene
A pesar de que dicen: No irán
Todos somos hijos de la tierra
Y esta es nuestra tierra
Un país sin norte
Que baila sin suelo
Todo vendido
Un país tan fuerte
No morirá, no
No será vencido
Mezcla de colores y razas
Negro, indio, yo también soy
Respeten los dolores y gracias
Pueblo hermoso, lucha y amor
Y nuestra gente viene
A pesar de que dicen: No irán
Todos somos hijos de la tierra
Y esta es nuestra tierra
Y nuestra gente viene
A pesar de que dicen: No irán
Todos somos hijos de la tierra
Y esta es nuestra tierra
Sabes de dónde vengo
¡No olvido quién soy!
Vienes de donde vengo
¡No olvido quién soy!
Sabes de dónde vengo
¡No olvido quién soy!
Vienes de donde vengo
¡País sin Norte!

Escrita por: RAPadura