395px

Quimera

RAPadura Xique-Chico

Quimera

Toma

Hey, ho
Coligações volume quatro
DJ Caique
Rapadura, Ceará
Quimera, Quimera, Quimera
Quimera, Quimera, Quimera
Quimera, Quimera, Quimera

Quimera na era do gelo
Na esfera, fera, modelo
Fogo a vera na matéria
Incinera o selo ao contê-lo
Biosfera espera rompê-lo

A miséria altera o degelo
Monstro opera na cratera
E não podem vê-lo detê-lo
Sou assassino em série
E se vierem, dou o que eles querem
Morrem, sim, pois no fim nem se diferem
Que à sombra se interem
Egos se ferem, se me interferem
Morrem, sim, pra que assim nunca imperem
Anjos não me esperem, com luzes ou máculas
Impuro no escuro
Não durmo e luto com gárgulas
Berro com suas máquinas
Corto tubos e válvulas
Assumo submundo escuro
Cruzes em Dráculas
Demônios me rondam em templos mundanos
Não me escondo em sonhos medonhos em tempos profanos
Levanto, pois com escombros nos ombros
Com templos humanos
Com danos e donos
Em sonos insanos
Em centros urbanos, enganos
Meu plano sobre o plano
Sobre o livro, sobre a lenda
Sobre tantos entretantos
Sobrevivo sobre a venda
Sobre encantos, soberanos
Subo rindo, sobre a renda

Sobre cantos, suburbanos
Subo e findo sobre a fenda
Cuspo chamas em folhas brancas
Deixando as escuras
Mistas essas fulguras
Que apura estampas impuras
Quem trampa estanca a rasura
Arquitetura perdura
Se arranca a dura moldura
Futura literatura

Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
O concreto que sufoca minha voz
A abstrato como a voz
Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
Se meu pés não tem chão, aos fiéis, deixam insurreição
Ninguém chorou minha última ferida formidável
Dessa última Quimera
A solidão sua companheira inseparável
O único amor que tivera
Sempre foi assim, um fósforo, um cigarro
Começo, meio ao fim
Nada próspero, pigarro
Dê-me sua boca pro meu próximo escarro
Embriagado no carro, atropelando a primavera

Quimera não é mera mística
Besta fera biblística
Numa era eurística
Lidera, impera, erística
Reverbera linguística
Acelera a balística artística
Gera estatística característica
Suas megalópoles movem corpos em necrópoles
Seus hóspedes sofrem hipnose
Dormem em tecnópoles
Cosmópoles, absorvem vozes sonópoles
Metrópoles aos pobres devolvem morte necrópoles
O que o povo diz é que tá feliz
Com esse chão de giz
[?] Em matriz, fé sem diretriz
Querer quem não me quis
Pra dizer que fiz
Feri as [?] e ser infeliz não condiz
Ei, meretriz, nega fim e remédios
Nego a química prática
Crítica, fins, intermédios
Sua política sádica, síndica, sim aos meus tédios
Minha crítica é ácida, cítrica, ao fim de seus prédios
Quisera, mas não tivera
Quimera sob seus domínios
Pois ela em condomínios
Trouxera seus declínios
Bactérias se mantivera
Em suas esferas, fascínios
Dilacera artes e artérias
Matérias, exílios
Típicos mímicos, cívicos, cínicos
Símbolos bíblicos, ídolos
Frígidos, círculos rígidos
Espírito, físico, místico, lírico, empírico
Onírico, híbrido, ríspido, em ritmos vívidos

Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
O concreto que sufoca minha voz
A abstrato como a voz
Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
Se meu pés não tem chão, aos fiéis, deixam insurreição
Ninguém chorou minha última ferida formidável
Dessa última Quimera
A solidão sua companheira inseparável
O único amor que tivera
Sempre foi assim, um fósforo, um cigarro
Começo, meio ao fim
Nada próspero, pigarro
Dê-me sua boca pro meu próximo escarro
Embriagado no carro, atropelando a primavera

Quimera

Toma

Hey, ho
Colaboraciones volumen cuatro
DJ Caique
Rapadura, Ceará
Quimera, Quimera, Quimera
Quimera, Quimera, Quimera
Quimera, Quimera, Quimera

Quimera en la era del hielo
En la esfera, fiera, modelo
Fuego real en la materia
Incinerando el sello al contenerlo
La biosfera espera romperlo

La miseria altera el deshielo
El monstruo opera en la cratera
Y no pueden verlo detenerlo
Soy un asesino en serie
Y si vienen, doy lo que quieren
Mueren, sí, pues al final no se diferencian
Que en la sombra se entierren
Los egos se hieren, si me interfieren
Mueren, sí, para que así nunca imperen
Ángeles no me esperen, con luces o manchas
Impuro en la oscuridad
No duermo y lucho con gárgolas
Grito con sus máquinas
Corto tubos y válvulas
Me sumerjo en el submundo oscuro
Cruces en Dráculas
Demonios me rodean en templos mundanos
No me escondo en sueños espeluznantes en tiempos profanos
Me levanto, pues con escombros en los hombros
Con templos humanos
Con daños y dueños
En sueños insanos
En centros urbanos, engaños
Mi plan sobre el plano
Sobre el libro, sobre la leyenda
Sobre tantos entretantos
Sobrevivo sobre la venta
Sobre encantos, soberanos
Subo riendo, sobre la renta

Sobre cantos, suburbanos
Subo y termino sobre la grieta
Escupo llamas en hojas blancas
Dejando en la oscuridad
Mezcladas esas fulguras
Que purifica estampas impuras
Quien trabaja estanca la borradura
Arquitectura perdura
Si se arranca la dura moldura
Futura literatura

No sé de dónde vengo, a dónde voy
No importa lo que fui, lo que soy, oh-oh
El concreto que sofoca mi voz
Lo abstracto como la voz
No sé de dónde vengo, a dónde voy
No importa lo que fui, lo que soy, oh-oh
Si mis pies no tienen suelo, a los fieles, dejan insurrección
Nadie lloró mi última herida formidable
De esta última Quimera
La soledad su compañera inseparable
El único amor que tuvo
Siempre fue así, un fósforo, un cigarrillo
Inicio, medio y fin
Nada próspero, carraspeo
Dame tu boca para mi próximo escupitajo
Embriagado en el auto, atropellando la primavera

Quimera no es mera mística
Bestia fiera bíblica
En una era eurística
Lidera, impera, erística
Reverbera lingüística
Acelera la balística artística
Genera estadísticas características
Sus megalópolis mueven cuerpos en necrópolis
Sus huéspedes sufren hipnosis
Duermen en tecnópolis
Cosmópolis, absorben voces sonópolis
Metrópolis a los pobres devuelven muerte necrópolis
Lo que el pueblo dice es que está feliz
Con este suelo de tiza
[?] En matriz, fe sin directriz
Querer a quien no me quiso
Para decir que hice
Herí a los [?] y ser infeliz no concuerda
Hey, prostituta, niega fin y remedios
Niego la química práctica
Crítica, fines, intermedios
Su política sádica, síndica, sí a mis tedios
Mi crítica es ácida, cítrica, al fin de sus edificios
Quisiera, pero no tuviera
Quimera bajo sus dominios
Pues ella en condominios
Trajo sus declinios
Bacterias se mantuvieron
En sus esferas, fascinios
Dilacera artes y arterias
Materias, exilios
Típicos mímicos, cívicos, cínicos
Símbolos bíblicos, ídolos
Frígidos, círculos rígidos
Espíritu, físico, místico, lírico, empírico
Onírico, híbrido, ríspido, en ritmos vívidos

No sé de dónde vengo, a dónde voy
No importa lo que fui, lo que soy, oh-oh
El concreto que sofoca mi voz
Lo abstracto como la voz
No sé de dónde vengo, a dónde voy
No importa lo que fui, lo que soy, oh-oh
Si mis pies no tienen suelo, a los fieles, dejan insurrección
Nadie lloró mi última herida formidable
De esta última Quimera
La soledad su compañera inseparable
El único amor que tuvo
Siempre fue así, un fósforo, un cigarrillo
Inicio, medio y fin
Nada próspero, carraspeo
Dame tu boca para mi próximo escupitajo
Embriagado en el auto, atropellando la primavera

Escrita por: