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Cuando me conozcas

Menino Prodígio

Quando Me Conhecer

Eu já abandonei muita gente,
Mudei de casa e de opinião,
Me indicaram a porta da frente,
Mas só funciono sem ter direção.
Enfio o braço em covil de cobra e
Sofro muito, mas ainda acho pouco,
O que é seguro pouco me interessa –
Quero sentir a vida no meu corpo!

Se todo mundo tem que se encontrar,
Se todo mundo precisa de tempo...
Eu perdi os últimos anos me adequando a algum papel,
Que hoje, queimei,
E a verdade é que eu sempre soube o que sou.

E é por isso que eu grito e que eu rasgo o retrato imperfeito pintado
De alguém que eu não vou ser,
Eu não sou o seu livro ou o remédio fajuto indicado
Pra nunca aparecer.
E é por isso que eu grito e que eu rasgo o retrato pintado
De alguém que eu não vou ser,
Eu sou tudo de certo e um tanto de errado, cuidado
Quando me conhecer...
Quando me conhecer,
Quando me conhecer.

Será que a gente só pode ser um,
Se eu sinto que há muito mais em mim?
Será que escreveram em algum lugar:
“Você é isso” – e fim?
Não, não...
Sou como o fogo que se alastra e mata -
Ou traz calor pra não morrer de frio.
Eu posso ir dormir feliz pra sempre -
E acordar me sentindo vazio!

Cuando me conozcas

Ya he abandonado a mucha gente,
Cambié de casa y de opinión,
Me señalaron la puerta de entrada,
Pero solo funciono sin rumbo.
Metí el brazo en nido de víboras y
Sufro mucho, pero aún me parece poco,
Lo seguro me interesa poco -
¡Quiero sentir la vida en mi cuerpo!

Si todo el mundo tiene que encontrarse,
Si todo el mundo necesita tiempo...
Perdí los últimos años adaptándome a algún papel,
Que hoy, quemé,
Y la verdad es que siempre supe quién soy.

Por eso grito y desgarro el retrato imperfecto pintado
De alguien que no seré,
No soy tu libro ni la medicina falsa recetada
Para nunca aparecer.
Por eso grito y desgarro el retrato pintado
De alguien que no seré,
Soy todo lo correcto y un poco de lo incorrecto, cuidado
Cuando me conozcas...
Cuando me conozcas,
Cuando me conozcas.

¿Será que solo podemos ser uno,
Si siento que hay mucho más en mí?
¿Acaso escribieron en algún lugar:
“Eres esto” - y ya está?
No, no...
Soy como el fuego que se propaga y mata -
O trae calor para no morir de frío.
Puedo irme a dormir feliz para siempre -
Y despertar sintiéndome vacío!

Escrita por: Rodrigo Fragoso