A Estatística
Seu último banho foi apressado
Do seu prato engoliu alguns pedaços
Alguma coisa ouviu sua mãe dizer
Pela última vez
O cinza do asfalto combinava
Com sua alma
E a bagunça da cidade
Com sua casa
Com seus amigos seu refúgio, sua liberdade
Canções da vida, garotas, plena puberdade
Há sempre o que se fazer
Nem sempre há o que se fazer
Lembrou das coisas que sabia demais
De coisas feitas pelo seu pai
Pensou que sem sentido era a existência
Discutiu com seu amigo e engatou a primeira
Virou a esquerda, virou a direita
Entrou na marginal como um animal
Lembrou de Carolina, embaçou sua vista
Acelerou na ladeira, atravessou o sinal
É tão cruel a estatística
Jovens vem, jovens vão
Jovens entram pela contramão
Jovens entram pela contramão
La Estadística
Su último baño fue apresurado
De su plato se tragó algunos pedazos
Escuchó algo que su madre dijo
Por última vez
El gris del asfalto combinaba
Con su alma
Y el desorden de la ciudad
Con su casa
Con sus amigos su refugio, su libertad
Canciones de la vida, chicas, plena pubertad
Siempre hay algo que hacer
No siempre hay algo que hacer
Recordó las cosas que sabía de más
Cosas hechas por su padre
Pensó que la existencia carecía de sentido
Discutió con su amigo y puso primera
Dobló a la izquierda, dobló a la derecha
Entró en la vía marginal como un animal
Recordó a Carolina, nubló su vista
Aceleró en la cuesta, pasó el semáforo
Es tan cruel la estadística
Jóvenes vienen, jóvenes van
Jóvenes entran en sentido contrario
Jóvenes entran en sentido contrario