395px

Rap De Los Comentarios

Niggas Nerds

Rap Dos Comentários

Diretamente da pélvis do pinguim!
Acordei de manhã e tinha um rap pra escrever
Essa vida de griot não tá fácil pra viver
Sentei na sala e liguei a televisão
Comendo doce de leite e duas fatias de pão

Lento tipo lesma
É o ritual das manhãs
Subi no busão, fugindo no meio das vans
Passei pela roleta mandando cambalhota
A galera do outro lado achou graça e me deu nota

Um parceiro levantou com cara de psicose
Disse pra eu tomar cuidado com a minha escoliose
E depois dessa nóia sentei no meu lugar
Colado na janela à sombra dos jacarandás
Mas não tem jacarandá de onde sai o meu busão
E se tem uma parada que tem muito é vacilão
E esses palhaços não entendem o que eu tô sentindo
Ah, vai rolar mais sangue que filme do tarantino

Esse rap não é sobre nada especial
É o rap do 315 que eu peguei na central
E se o flamengo não ganhou não tem nada de anormal
É o rap do 315 que eu peguei na central

Parando no primeiro ponto subiu um rapaz
Com uma cara de lagartixa e falando de paz
Fiz minha jaculatória mas continuei na mão
A catequese não acabava e não tinha explicação
Bateu aquela sensação que algo ia dar errado
E num é que deu? Sentou um paulista do meu lado
Cientista político, era chato pacas
Eu não entendia bulhufas do que ele falava

Começou em perestroika e acabou em gorgonzola
Eletrofunk no meu fone, eu fingia que dava bola
E de pirraça ele falou o que não podia falar
Bolacha, não!
Biscoito, manolo! Vai se ferrar!
Cheio de dor de cabeça, tomo ibuprofeno
Tem gosto de baunilha, mas é um puta veneno
Falta muito pra chegar mas penso em ficar na pista
Com certeza é melhor que o solilóquio do paulista

E ele salta antes de mim, vem um ajudante de ourives
O jovem gafanhoto é meu amigo victor yves
Com um colete mais feio que a dilma num blindex
Que deixava ele igualzinho a um tiranossauro rex
Dois ninjas entraram e assaltaram a gente
Mas eu só tinha um palmito e um melão fluorescente
Esqueci de um detalhe, o assaltante era anão
E não sabia usar crase igual metade da nação

Aquilo foi meio estranho, pensei "eu devo estar sonhando"
E a arquitetura da cidade foi logo desmoronando
Lembrei daquele filme que eu vi mais cedo
Que tem o mesmo diretor que o do homem morcego
Tava na minha escrivaninha, no apê de nilópolis
Do lado de um frasco de spray de própolis
Uma orgia de jumento e o maçarico ligado
Eu ainda tô dormindo ou já tô acordado?

Um búfalo veio, me ofereceu um pudim
Eles não costumavam ser tão legais assim
Uma antena parabólica?
Isso é meio randômico
Vou acordar de vez antes que fique mais cômico
Toca um disco daqueles que toca dentro do espírito
União de onomatopéias num sentido lírico
E constrói mais um berro, vindo de detrás da porta
Eu tô na sala de espera pro exame de próstata
Na tua virilinha pode crer que eu não caio
Mas se tá chovendo merda, irmão, eu sou um para-raio
Usei todos os comentários, pra não rolar neurose
Pneumoultramicroscopicossilicovulcaniconiose

Rap De Los Comentarios

Directamente desde la pelvis del pingüino!
Me desperté por la mañana y tenía un rap que escribir
Esta vida de griot no es fácil de vivir
Me senté en la sala y encendí la televisión
Comiendo dulce de leche y dos rebanadas de pan

Lento como una babosa
Es el ritual de las mañanas
Subí al bus, escapando entre las vans
Pasé por la reja haciendo volteretas
La gente del otro lado se rió y me dio una calificación

Un amigo se levantó con cara de psicosis
Me dijo que tuviera cuidado con mi escoliosis
Y después de ese rollo me senté en mi lugar
Pegado a la ventana, a la sombra de los jacarandás
Pero no hay jacarandá de donde sale mi bus
Y si hay una parada que tiene muchos tontos
Y esos payasos no entienden lo que estoy sintiendo
Ah, va a haber más sangre que en una película de Tarantino

Este rap no es sobre nada especial
Es el rap del 315 que tomé en la central
Y si el Flamengo no ganó, no hay nada anormal
Es el rap del 315 que tomé en la central

Parando en la primera parada subió un chico
Con cara de lagartija y hablando de paz
Recé mi jaculatoria pero seguí en la mía
La catequesis no terminaba y no tenía explicación
Sentí que algo iba a salir mal
¡Y vaya si salió mal! Se sentó un paulista a mi lado
Científico político, era muy aburrido
No entendía nada de lo que decía

Empezó en perestroika y terminó en gorgonzola
Electrofunk en mis auriculares, fingía prestar atención
Y por fastidiar dijo lo que no debía decir
¡Galleta, no!
¡Galletita, manolo! ¡Vete a la mierda!
Con un dolor de cabeza tremendo, tomo ibuprofeno
Sabe a vainilla, pero es un veneno de cuidado
Falta mucho para llegar pero pienso quedarme en la pista
Seguro es mejor que el soliloquio del paulista

Y él se baja antes que yo, viene un ayudante de orfebre
El joven saltamontes es mi amigo Victor Yves
Con un chaleco más feo que Dilma en un blindex
Que lo hacía parecer un tiranosaurio rex
Dos ninjas entraron y nos asaltaron
Pero yo solo tenía un palmito y un melón fluorescente
Olvidé un detalle, el ladrón era un enano
Y no sabía usar la crase como la mitad de la nación

Fue algo extraño, pensé 'debo estar soñando'
Y la arquitectura de la ciudad se desmoronaba
Recordé esa película que vi antes
Que tiene el mismo director que el del hombre murciélago
Estaba en mi escritorio, en el departamento de Nilópolis
Junto a un frasco de spray de própolis
Una orgía de burros y el soplete encendido
¿Sigo durmiendo o ya estoy despierto?

Un búfalo vino, me ofreció un flan
Ellos no solían ser tan amables
¿Una antena parabólica?
Esto es un poco aleatorio
Voy a despertar de una vez antes de que sea más cómico
Pon un disco de esos que llega al espíritu
Unión de onomatopeyas con un sentido lírico
Y construye otro grito, viniendo de detrás de la puerta
Estoy en la sala de espera para el examen de próstata
En tu virilidad, créeme que no caigo
Pero si está lloviendo mierda, hermano, soy un pararrayos
Usé todos los comentarios, para evitar la neurosis
Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiosis

Escrita por: Álvaro Mamute