Rascunho
Sentado no vazio de outros quartos
Fico calado, surdo e mudo
Postado às novas mesas que se enquadram
Mudança são os planos que se iludem
Moldura dos afetos que me afetam
Lembranças são saudades que me restam
Detalhes do teu rosto, do teu riso
Do teu olhar de sono sem sentido
Tento achar o meu caminho
De uma estrada sem destino
E eu me levo e não percebo
Mesmo com todos os desvios
A luz de outrora já se apaga
Razões desconhecidas, meio opacas
No baixo, no meu caso, meu casaco
Meio desarrumado, destruído
Nos riscos das paredes tão mal feitos
Contando histórias tortas e segredos
Pra quê levar a sério, ser fingido?
Se a cara sempre esbarra no banheiro
Ponho um pouco mais de vinho
E a sala continua vazia
Eu me sinto enganado
Nessa bruma estranha, louca e fria!
Borrador
Sentado en el vacío de otras habitaciones
Permanezco callado, sordo y mudo
Frente a las nuevas mesas que encajan
Los planes cambian y se desvanecen
El marco de los afectos que me afectan
Recuerdos son las añoranzas que me quedan
Detalles de tu rostro, de tu risa
De tu mirada somnolienta sin sentido
Intento encontrar mi camino
En un camino sin destino
Y me llevo y no me doy cuenta
A pesar de todos los desvíos
La luz de antaño ya se apaga
Razones desconocidas, algo opacas
En lo bajo, en mi caso, mi abrigo
Medio desordenado, destruido
En los rayones de las paredes tan mal hechos
Contando historias torcidas y secretos
¿Para qué tomárselo en serio, ser fingido?
Si la cara siempre choca contra el espejo
Sirvo un poco más de vino
Y la sala sigue vacía
Me siento engañado
En esta neblina extraña, loca y fría!
Escrita por: Rodrigo Nunes / Álvaro Bernardes / Miquéias Amorim / Marcos Albuquerque (Compositor) / Joaquim Oliveira (Bateria) / Vinicius Dantas