395px

Borrador

O Processo

Rascunho

Sentado no vazio de outros quartos
Fico calado, surdo e mudo
Postado às novas mesas que se enquadram
Mudança são os planos que se iludem

Moldura dos afetos que me afetam
Lembranças são saudades que me restam
Detalhes do teu rosto, do teu riso
Do teu olhar de sono sem sentido

Tento achar o meu caminho
De uma estrada sem destino
E eu me levo e não percebo
Mesmo com todos os desvios

A luz de outrora já se apaga
Razões desconhecidas, meio opacas
No baixo, no meu caso, meu casaco
Meio desarrumado, destruído

Nos riscos das paredes tão mal feitos
Contando histórias tortas e segredos
Pra quê levar a sério, ser fingido?
Se a cara sempre esbarra no banheiro

Ponho um pouco mais de vinho
E a sala continua vazia
Eu me sinto enganado
Nessa bruma estranha, louca e fria!

Borrador

Sentado en el vacío de otras habitaciones
Permanezco callado, sordo y mudo
Frente a las nuevas mesas que encajan
Los planes cambian y se desvanecen

El marco de los afectos que me afectan
Recuerdos son las añoranzas que me quedan
Detalles de tu rostro, de tu risa
De tu mirada somnolienta sin sentido

Intento encontrar mi camino
En un camino sin destino
Y me llevo y no me doy cuenta
A pesar de todos los desvíos

La luz de antaño ya se apaga
Razones desconocidas, algo opacas
En lo bajo, en mi caso, mi abrigo
Medio desordenado, destruido

En los rayones de las paredes tan mal hechos
Contando historias torcidas y secretos
¿Para qué tomárselo en serio, ser fingido?
Si la cara siempre choca contra el espejo

Sirvo un poco más de vino
Y la sala sigue vacía
Me siento engañado
En esta neblina extraña, loca y fría!

Escrita por: Rodrigo Nunes / Álvaro Bernardes / Miquéias Amorim / Marcos Albuquerque (Compositor) / Joaquim Oliveira (Bateria) / Vinicius Dantas