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Pago Querido

Os Monarcas

Pago Dileto

Eu parto por longos caminhos meu pai minha mãe atenção
Atendam a esses pedidos do filho do seu coração
Não vendam os bois da carreta criados com estimação
Não peguem as coisas que eu deixo guardadas no velho galpão

Não mexam na fonte da serra tem muitos bichinhos por lá
A toca do muro de pedra lembranças dos tempos de piá
Não serrem os pés de pinheiros moradas de muitos irapuá
Não cortem as lindas palmeiras lugar do cantor sabiá

Não tirem o verde dos campos belezas que a muitos consola
Não colham as flores das matas das quais o perfume se evola
Não deixem armar arapucas as aves não querem gaiolas
Seu canto nos traz melodias que rimam ao som da viola

Daqui alguns tempos Deus queira que eu volte sem mágoas e ais
Que eu possa abraçar novamente os velhos queridos meus pais
Que eu sinta meu pago dileto feliz a cantar madrigais
Que eu veja meu mundo de outrora com todas as coisas iguais

Pago Querido

Yo parto por largos caminos, papá, mamá, presten atención
Atiendan a estos pedidos del hijo de su corazón
No vendan los bueyes del carro, criados con cariño
No tomen las cosas que dejo guardadas en el viejo galpón

No toquen la fuente de la sierra, hay muchos animalitos por allá
La cueva del muro de piedra, recuerdos de tiempos de niño
No corten los pies de los pinos, hogar de muchos irapuá
No corten las hermosas palmeras, lugar del cantor sabiá

No quiten el verde de los campos, bellezas que a muchos consuela
No corten las flores de los bosques, de donde emana el perfume
No armen trampas para pájaros, las aves no quieren jaulas
Su canto nos trae melodías que riman al son de la guitarra

En unos tiempos, Dios quiera que regrese sin rencores ni lamentos
Que pueda abrazar de nuevo a los viejos queridos, mis padres
Que sienta mi pago querido feliz cantando madrigales
Que vea mi mundo de antaño con todas las cosas iguales

Escrita por: Ivan Vargas