Sina de Gaiteiro
Os botões da velha gaita vão semeando melodias
Que dos dedos do gaiteiro rebrotam em harmonia
Pedem vaza ao universo essas notas araganas
Campeando amores perdidos nos braços das queromanas
Se o tranco do fole lembra de mágoas e desencantos
Como chinas desprezadas choramingam pelos cantos
E quando o dia pede cancha num vaneirão derradeiro
Tramela a porta do rancho e cala a gaita e o gaiteiro
Os botões da velha gaita vão semeando melodias
Que dos dedos do gaiteiro rebrotam em harmonia
O braço rude do taita num vai e vem quase em coro
Nesta prosa de mão dupla ajeita mais um namoro
Essa é a sina do gaiteiro que ao se abraçar a parceira
Dá de graça essas venturas que campeou a vida inteira
E quando o dia pede cancha num vaneirão derradeiro
Tramela a porta do rancho e cala a gaita e o gaiteiro
Bagpiper's Fate
The buttons of the old harmonica are sowing melodies
That from the bagpiper's fingers sprout in harmony
They ask the universe to leak these Araganas notes
Rediscovering lost loves in the arms of the keromanas
If the bellows sound reminds us of sorrows and disappointments
As despised Chinese women whine in the corners
And when the day calls for a final run in a vaneirão
Lock the ranch door and silence the bagpipes and the bagpiper
The buttons of the old harmonica are sowing melodies
That from the bagpiper's fingers sprout in harmony
The taita's rough arm comes and goes almost in chorus
In this two-way prose, another relationship is arranged
This is the fate of the bagpiper who, when embracing his partner
Give away for free those adventures that you have enjoyed your entire life
And when the day calls for a final run in a vaneirão
Lock the ranch door and silence the bagpipes and the bagpiper
Escrita por: Percival Pedroso / Wilson Paim