395px

Bagpiper's Fate

Os Monarcas

Sina de Gaiteiro

Os botões da velha gaita vão semeando melodias
Que dos dedos do gaiteiro rebrotam em harmonia

Pedem vaza ao universo essas notas araganas
Campeando amores perdidos nos braços das queromanas

Se o tranco do fole lembra de mágoas e desencantos
Como chinas desprezadas choramingam pelos cantos

E quando o dia pede cancha num vaneirão derradeiro
Tramela a porta do rancho e cala a gaita e o gaiteiro

Os botões da velha gaita vão semeando melodias
Que dos dedos do gaiteiro rebrotam em harmonia

O braço rude do taita num vai e vem quase em coro
Nesta prosa de mão dupla ajeita mais um namoro

Essa é a sina do gaiteiro que ao se abraçar a parceira
Dá de graça essas venturas que campeou a vida inteira

E quando o dia pede cancha num vaneirão derradeiro
Tramela a porta do rancho e cala a gaita e o gaiteiro

Bagpiper's Fate

The buttons of the old harmonica are sowing melodies
That from the bagpiper's fingers sprout in harmony

They ask the universe to leak these Araganas notes
Rediscovering lost loves in the arms of the keromanas

If the bellows sound reminds us of sorrows and disappointments
As despised Chinese women whine in the corners

And when the day calls for a final run in a vaneirão
Lock the ranch door and silence the bagpipes and the bagpiper

The buttons of the old harmonica are sowing melodies
That from the bagpiper's fingers sprout in harmony

The taita's rough arm comes and goes almost in chorus
In this two-way prose, another relationship is arranged

This is the fate of the bagpiper who, when embracing his partner
Give away for free those adventures that you have enjoyed your entire life

And when the day calls for a final run in a vaneirão
Lock the ranch door and silence the bagpipes and the bagpiper

Escrita por: Percival Pedroso / Wilson Paim