A Caneta e a Enxada
Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com uma enxada, fazendo uma plantação
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação
Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
Você está suja de terra, de terra suja do chão
Sabe com quem está falando, veja sua posição
E não se esqueça a distância da nossa separação
Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião
Eu escrevo pros governos a lei da constituição
Escrevi em papel de linho, pros ricaços e pros barão
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição
A enxada respondeu: De fato eu vivo no chão
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro, quase no tempo de adão
Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução
Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração
A tua alta nobreza não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não
É a palavra bonita que se chama educação!
La pluma y la azada
Una vez que un bolígrafo fue a dar un paseo por el bosque
Se reunió con una azada, haciendo una plantación
La humilde azada fue a saludarte
Pero el magnífico bolígrafo no te sostendría la mano
Y sin embargo, por disensión le dio una reprimenda
Dijo que la pluma de la azada no se me acerca, no
Estás sucio con la suciedad, la suciedad del suelo
Ya sabes con quién estás hablando, mira tu posición
Y no te olvides de la distancia de nuestra separación
Soy la pluma de oro que escribe en el notario público
Escribo a los gobiernos la ley de la constitución
Lo escribí en papel de lino, para los ricos y para el barón
Sólo camino en manos de maestros, hombres de posición
La azada respondió: De hecho, vivo en el suelo
Para que puedas alimentar y vestir a tu jefe
Llegué al mundo primero, casi en la época de Adán
Si no fuera por mi sustento, nadie sería educado
Ir pluma orgulloso, vergüenza de la generación
Su alta nobleza no es más que pretensión
Dices que escribes todo, hay una cosa que no sabes
¡Es la hermosa palabra llamada educación!
Escrita por: Capitão Balduino / Teddy Vieira