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Sin Género

Paulo Araújo

Sem Gênero

Celibato ou cortesã
Dockside ou scarpin
Isso importará?
Cosmopolitan ou Bourbon
Rosto limpo ou batom
Me diz que nada mudará

Vai fingir que não me viu
Vai mentir que já saiu
Ou será que vai me abraçar?

Vai ficar sem reação
Vai dizer: Foi opção!
Simplesmente me classificar?

Preconceito e saudade
Vai pedir minha identidade
Dizer que volte atrás
Ou então adeus e nunca mais

Lutador ou bailarina
Membro falo ou vagina
Não diz o que sou
Colorido ou meio-tom
Introspecto ou frisson
Minha alma não mudou

Vai se atrapalhar no artigo
Lamentar que é castigo
Vai dizer que perdi o juízo

Vai pedir o meu perdão?
Vai tocar o coração?
Vai abrir o mais largo sorriso

Máscaras, meias verdades
Não me ocultam da cidade
Nem quero esconder
É chegada a hora de viver

Sin Género

Celibato o cortesana
Zapatos de muelle o tacones
¿Importará eso?
Cosmopolitan o Bourbon
Cara lavada o labial
Dime que nada cambiará

Vas a fingir que no me viste
Vas a mentir que ya te fuiste
¿O será que me abrazarás?

Vas a quedarte sin reacción
Vas a decir: ¡Fue elección!
¿Simplemente me vas a clasificar?

Prejuicio y añoranza
Vas a pedir mi identidad
Decir que retroceda
O simplemente adiós y nunca más

Luchador o bailarina
Miembro masculino o femenino
No dice lo que soy
Colorido o medio tono
Introspecto o emoción
Mi alma no ha cambiado

Te vas a enredar en el artículo
Lamentar que sea castigo
Vas a decir que perdí el juicio

¿Vas a pedir mi perdón?
¿Vas a tocar el corazón?
¿Vas a abrir la sonrisa más amplia?

Máscaras, medias verdades
No me ocultan de la ciudad
Ni quiero esconderme
Ha llegado la hora de vivir

Escrita por: Luciano Franco / Paulo Araújo