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Despiértame Cuando Sea Hora de Cantar (part. Nuno Lanhoso)

Pedro Abrunhosa

Acordem-me Quando For P’ra Cantar (part. Nuno Lanhoso)

Vibra a luz da mensagem
Não acende contigo
Do bom fica a miragem
Do mau fica o castigo

Tatuo amor a carvão
Domestico leões
Mas nunca há razão
Pra medirmos razões

Fui bandido sem arma
Fui vilão com trovões
E eu fiz da luta o meu karma
Vendi peixe aos sermões

Fui Maomé sem montanha
Mente pouco erudita
Como é que ainda me estranha?
Eu ser o mau da fita, e

Acordem-me quando for pra cantar
Que eu este jogo, eu não sei jogar

Levas a taça não sei do que
Morremos na praça
E eu nem sei bem porquê

Há um baque na porta
É o vento às partidas
Vou cuidando da horta
Enquanto lambo as feridas

Calça cinza manchada
Define o desvaidoso
Dei medalhas de nada
A um ciclo vicioso

Fui ladrão só de fama
Mas tu foste também
E agora nesta cama
Já não vive ninguém

Dois sultões sem turbante
A caça do defeito
Nada é como dantes
Mas sou eu o imperfeito

Acordem-me quando for pra cantar
Que eu este jogo, eu não sei jogar

Levas a taça não sei do que
Morremos na praça
Eu nem sei bem porquê

Fomos menos que o tempo
E o tempo já foi pouco
Apostamos em tanto
E esse tanto foi louco

Nunca pus as cortinas
Nem plantamos camélias
Dos planos ruínas
Das ruínas, amélias

Fui bombista sem bomba
Medo era o meu delito
Diz que a pachorra tomba
E aflige o aflito

Fui ouvinte sem mágoa
Tu quadro sem parede
Se a paciência fosse água
Bem que morria a sede

Acordem-me quando for pra cantar
Porque este jogo, eu não sei jogar

Levas a taça não sei do que
Morremos na praça
E eu nem sei bem porquê

Levas a taça não sei do que
Morremos na praça
E eu nem sei bem porquê

Despiértame Cuando Sea Hora de Cantar (part. Nuno Lanhoso)

Vibra la luz del mensaje
No enciende contigo
Del bien queda la ilusión
Del mal queda el castigo

Tatúo amor con carbón
Domestico leones
Pero nunca hay razón
Para medir razones

Fui bandido sin arma
Fui villano con truenos
Y hice de la lucha mi karma
Vendí pescado a los sermones

Fui Mahoma sin montaña
Mente poco erudita
¿Cómo es que aún me extraña?
Ser el malo de la película, y

Despiértame cuando sea hora de cantar
Porque este juego, no sé jugar

Llevas la copa no sé de qué
Morimos en la plaza
Y yo ni sé bien por qué

Hay un golpe en la puerta
Es el viento de las despedidas
Voy cuidando del huerto
Mientras lamo las heridas

Pantalón gris manchado
Define al vanidoso
Di medallas de nada
A un ciclo vicioso

Fui ladrón solo de fama
Pero tú también lo fuiste
Y ahora en esta cama
Ya no vive nadie

Dos sultanes sin turbante
A la caza del defecto
Nada es como antes
Pero soy yo el imperfecto

Despiértame cuando sea hora de cantar
Porque este juego, no sé jugar

Llevas la copa no sé de qué
Morimos en la plaza
Yo ni sé bien por qué

Fuimos menos que el tiempo
Y el tiempo ya fue poco
Apostamos tanto
Y ese tanto fue loco

Nunca puse las cortinas
Ni plantamos camelias
De los planes ruinas
De las ruinas, camelias

Fui terrorista sin bomba
El miedo era mi delito
Dicen que la paciencia cae
Y aflige al afligido

Fui oyente sin rencor
Tú cuadro sin pared
Si la paciencia fuera agua
Bien que moriría de sed

Despiértame cuando sea hora de cantar
Porque este juego, no sé jugar

Llevas la copa no sé de qué
Morimos en la plaza
Y yo ni sé bien por qué

Llevas la copa no sé de qué
Morimos en la plaza
Y yo ni sé bien por qué

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