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Delirios Bajo la Noche Sin Color

Pedro Nascente

Delírios Sob a Noite Sem Cor

Já faz um tempo que eu não tento mais ligar a tv
Por mais que eu procure não encontro nada que eu queira ver
A janela me encara misteriosa e nua
Por favor, não me pergunte onde estou
Me perdi quando a minha nave pousou
Ah, tudo o que eu queria era tv por assinatura
Não quero mais

Penso em tudo que ainda poderia ser feito
De pensar morreu um burro, quem sabe isso não seja perfeito
Ter a mente vazia por só um segundo
Eu não pretendo que isso aconteça
Abandonar-me para a demência
E simplesmente naufragar dentro do meu próprio mundo
Sem volta atrás

Ando em círculos dentro do meu próprio quadrado
O homem- de-neve diz que eu devo manter ele trancado
Mas o que há lá fora? Indecisão!
Escravos da mesma falácia
Presos por uma algema d’água
Perdendo a cabeça pois agora é ilegal dizer “não”
O tempo faz

Foi uma quarta-feira que eu nunca mais vou esquecer
Direto da nuvem veio um homem fantasiado de et
Ele disse palavras sobre o infinito
Ele usava uma túnica branca
Ainda hoje o seu sorriso me espanta
Mas tudo o que ele disse foi de alguma forma distorcido
Perdeu-se a paz

Perdeu-se a paz
Sem volta atrás
O tempo faz
Não quero mais

Delirios Bajo la Noche Sin Color

Hace un tiempo que no intento encender la televisión
Aunque busque, no encuentro nada que quiera ver
La ventana me mira misteriosa y desnuda
Por favor, no me preguntes dónde estoy
Me perdí cuando mi nave aterrizó
Ah, todo lo que quería era televisión por cable
Ya no quiero más

Pienso en todo lo que aún podría hacerse
De pensar murió un burro, quizás esto sea perfecto
Tener la mente vacía por solo un segundo
No pretendo que eso suceda
Abandonarme a la demencia
Y simplemente naufragar dentro de mi propio mundo
Sin vuelta atrás

Ando en círculos dentro de mi propio cuadrado
El hombre de nieve dice que debo mantenerlo encerrado
Pero ¿qué hay afuera? ¡Indecisión!
Esclavos de la misma falacia
Presos por una cadena de agua
Perdiendo la cabeza porque ahora es ilegal decir 'no'
El tiempo pasa

Fue un miércoles que nunca olvidaré
Directo desde la nube vino un hombre disfrazado de extraterrestre
Él dijo palabras sobre el infinito
Llevaba una túnica blanca
Aún hoy su sonrisa me asombra
Pero todo lo que dijo de alguna forma fue distorsionado
Se perdió la paz

Se perdió la paz
Sin vuelta atrás
El tiempo pasa
Ya no quiero más

Escrita por: Pedro Nascente