395px

Con dinero o sin dinero, yo juego

Péricles

Com Dinheiro Ou Sem Dinheiro, Eu Brinco

Chegou a hora de mudar
Erguer a bandeira do samba
Vem a luz à consciência
Que ilumina a resistência dessa gente bamba
Pergunte aos seus ancestrais
Dos antigos carnavais
Nossa raça costumeira

Outrora marginalizado já usei cetim barato
Pra desfilar na mangueira

A minha escola de vida é um botequim
Com garfo e prato eu faço meu tamborim
Firmo na palma da mão, cantando laiálaiá
Sou mestre-sala na arte de improvisar

Ôôô somos a voz do povo
Embarque nesse cordão
Pra ser feliz de novo
Vem como pode no meio da multidão

Não, não liga não!
Que a minha festa é sem pudor e sem pena
Volta a emoção
Pouco me importam o brilho e a renda
Vem pode chegar
Que a rua é nossa mas é por direito
Vem vadiar por opção
Derrubar esse portão
Resgatar nosso respeito
O morro desnudo e sem vaidade
Sambando na cara da sociedade
Levanta o tapete e sacode a poeira
Pois ninguém vai calar a estação primeira

Se faltar fantasia
Alegria há de sobrar
Bate na lata pro povo sambar

Eu sou mangueira, meu senhor
Não me leve a mal
Pecado é não brincar o carnaval!

Con dinero o sin dinero, yo juego

Llegó la hora de cambiar
Izar la bandera del samba
Viene la luz a la conciencia
Que ilumina la resistencia de esta gente astuta
Pregunta a tus ancestros
De los antiguos carnavales
Nuestra raza costumbrista

Antes marginado, usé satén barato
Para desfilar en la mangueira

Mi escuela de vida es un bar
Con tenedor y plato hago mi tamboril
Firme en la palma de la mano, cantando laiálaiá
Soy maestro de ceremonias en el arte de improvisar

¡Oh, somos la voz del pueblo!
Embárcate en este cordón
Para ser feliz de nuevo
Ven como puedas en medio de la multitud

¡No, no te preocupes!
Que mi fiesta es sin pudor y sin pena
Vuelve la emoción
Poco me importan el brillo y la renta
Ven, puedes llegar
Que la calle es nuestra por derecho
Ven a vagar por elección
Derribar este portón
Rescatar nuestro respeto
El cerro desnudo y sin vanidad
Sambando en la cara de la sociedad
Levanta la alfombra y sacude el polvo
Porque nadie va a callar la primera estación

Si falta la fantasía
Alegría habrá de sobrar
Golpea en la lata para que la gente baile samba

Soy mangueira, mi señor
No me lo tome a mal
¡Pecado es no jugar al carnaval!

Escrita por: Alemão Do Cavaco / Gabriel Machado / Gabriel Martins / Igor Leal / Junior Fionda / Lequinho / Moacyr Luz / WAGNER SANTOS