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La Voz

Prodigio

A Voz

Tio, obrigado tio
Eu vi as tuas fotos e a canção
A tua canção, canta tão bem
Que adora a tua canção
Pá Tchau

Hey
Eu já não sei se a voz é do meu ego ou do meu medo
Ela ronda baixinho como um segredo
No meu ouvido desde cedo
E desde que eu me lembro, ela tava comigo
Dá-me motivação, quando diz que eu consigo
Lixa-me o juízo, quando diz que eu não sirvo
Ela brinca comigo, quando me traz prejuízo
Mas ela sabe que eu não brinco em serviço
Às vezes ela diz que eu não sirvo pra isso
Mas ela sabe que sem isto eu não existo
Esta voz no meu ouvido
Que transformou colegas em inimigos, mortos-vivos
Graças a ela, eu levanto da cama
Mas por causa dela, às vezes não durmo
Ela diz que sabe que descansar não é oportuno
Mas não te esqueças do Bruno
Ela disse: Não descanses (bumbei)
Disse: Vai atrás da paca (honrei)
Tem cuidado com essas facas (esquivei)
Ela já me disse: Mata (matei)

Todos e matava de novo
Se eu fosse a ti, nem tentava de novo
O teu caderno eu rasgava de novo
Novo ou velha escola, não és nada, reprovo
A mesma voz que me dizia: Não chores
Todas vezes que eu perdia a vida pras dores
E todas vezes que eu morri
Ela me disse a mesma coisa e até hoje não percebi
Sei que parece maluquice
Mas lembro de todas vezes que ela me contradisse
Ela disse: Responde, puto, vai contra beefs
Mas depois disse: Calma, tipo: O quê? Contradizes
Às vezes me farto dela
Porque ela diz: Vai pro mundo, mas volta pra Queluz e Belas
Mas volta pra ter luz, estrela
Liga a Rosa e volta para a luz bela
E enquanto penso na minha rainha
E enquanto penso nos niggas da linha
Essa voz não me deixa em paz
Até eu perceber que a merda dessa voz é minha

La Voz

Tío, gracias tío
Vi tus fotos y la canción
Tu canción, canta tan bien
Que adora tu canción
Pa' Chau

Hey
Ya no sé si la voz es de mi ego o de mi miedo
Ronda suavemente como un secreto
En mi oído desde temprano
Y desde que recuerdo, estaba conmigo
Me motiva, cuando dice que puedo
Me fastidia, cuando dice que no sirvo
Juega conmigo, cuando me trae problemas
Pero sabe que no juego en serio
A veces dice que no sirvo para esto
Pero sabe que sin esto no existo
Esta voz en mi oído
Que convirtió colegas en enemigos, muertos vivientes
Gracias a ella, me levanto de la cama
Pero por ella, a veces no duermo
Dice que descansar no es oportuno
Pero no olvides a Bruno
Dijo: No descanses (me moví)
Dijo: Ve tras la presa (honré)
Ten cuidado con esas navajas (esquivé)
Ya me dijo: Mata (maté)

A todos y mataría de nuevo
Si fuera tú, ni lo intentaría de nuevo
Tu cuaderno lo rasgaría de nuevo
Nueva o vieja escuela, no eres nada, repruebo
La misma voz que me decía: No llores
Cada vez que perdía la vida por los dolores
Y cada vez que moría
Me decía lo mismo y hasta hoy no entiendo
Sé que suena a locura
Pero recuerdo todas las veces que me contradecía
Dijo: Responde, pibe, enfrenta las peleas
Pero luego dijo: Calma, como: ¿Qué? Contradicciones
A veces me canso de ella
Porque dice: Ve al mundo, pero vuelve a Queluz y Belas
Pero vuelve a tener luz, estrella
Conecta con Rosa y vuelve a la luz bella
Y mientras pienso en mi reina
Y mientras pienso en los chicos de la línea
Esta voz no me deja en paz
Hasta que entienda que esta maldita voz es mía

Escrita por: Osvaldo Moniz