Passeio Público (Parte II & III)
Enquanto a música ronca
Uma valsa maviosa
Vou mudando de avenida
Olhar a minha dengosa
Vou á predileta
Que é Carapinima
Dos bancos escuros
Do primo, da prima
Das capas bordadas
Do velho burguês
Das lindas viúvas
Do povo Cortez
Das pretas Chuquinhas
Das Lauras mimosas
De grossas pilherias
Respostas gostosas
Onde o milionário
E os sábios doutores
Têm seus reservados
Supimpas amores
Depois de um cálix de Cumbe
Ou coisa mais agradável
Me estendo p’ra Mororó
Que é avenida impagável
Das saias de chita
Criadas faceiras
Bandos de meninas
Risadas, carreiras
Ampla liberdade
Do povo contente
E onde se veem
No meio da gente
Beliscões, beijocas
Bofetes, pancadas
Empurrões, apertos
Respostas salgadas
Porém todos gozam
Todos fazem vasa
Até nove e meia
Que eu volto p’ra casa
Paseo Público (Parte II & III)
Mientras la música suena
Una valsa armoniosa
Voy cambiando de avenida
Mirando a mi cariñosa
Voy a la preferida
Que es Carapinima
De los bancos oscuros
Del primo, de la prima
De las capas bordadas
Del viejo burgués
De las lindas viudas
Del pueblo Cortez
De las negras Chuquinhas
De las Lauras mimosas
De gruesas picardías
Respuestas sabrosas
Donde el millonario
Y los sabios doctores
Tienen sus reservados
Elegantes amores
Después de un cáliz de Cumbe
O algo más agradable
Me extiendo hacia Mororó
Que es una avenida inigualable
De las faldas de chita
Criadas coquetas
Grupos de niñas
Risas, carreras
Amplia libertad
Del pueblo contento
Y donde se ven
En medio de la gente
Pellizcos, besitos
Bofetadas, golpes
Empujones, apretones
Respuestas picantes
Pero todos disfrutan
Todos hacen alboroto
Hasta las nueve y media
Que vuelvo a casa
Escrita por: Raimundo Ramos Filho (Ramos Cotoco)