Século Sinistro

Século sinistro
O que vem pela frente
A merda de um câncer
A morte iminente
Com fome, sem água, sem casa
Na vala
Com internet ilimitada
Na fila com dor
Com perigo de vida
Chorando miséria
Com a cara sofrida
Gritando bem forte
Pedindo justiça
Com as mãos para o alto
Medo da polícia!

Século sinistro
Será o fim dos tempos?
Fodido na vida
Não é fingimento
Com ódio, com raiva
De alma lavada
Sentou o dedo
Três tiros na cara!
Futuro cinzento e sal na ferida
Negando a si mesmo
A honra perdida
A dignidade não tem um valor
O mundo é feito de ódio e terror
Não consigo respirar
Tá difícil de aguentar
Não posso mais esperar
Bum!

Século sinistro
Estamos perdidos
Na hora do caos
Não sobra feridos
Cova coletiva
Todos são iguais
Na fila do abate
Como animais
Pedindo perdão
A quem possa dar
Amordaçado
Não se pode falar?
Com as mãos amputadas
Tentando lembrar
Um nome de santo
Para se rezar
Não consigo respirar
Tá difícil de aguentar
Não posso mais esperar
Bum!

Siglo siniestro

Siglo siniestro
Lo que nos espera
Un maldito cáncer
La muerte inminente
Hambre, sin agua, sin hogar
En la zanja
Con Internet ilimitado
En la cola con dolor
PELIGRO PARA LA VIDA
Llorando miseria
Con una cara de dolor
Gritando realmente duro
Pidiendo justicia
Con las manos en alto
¡Miedo a la policía!

Siglo siniestro
¿Es el fin de los tiempos?
Follada en la vida
No es fingir
Con odio, con ira
De alma lavada
Sentado su dedo
¡Tres disparos en la cara!
Futuro gris y sal en la herida
Negarse a sí mismo
El honor perdido
La dignidad no tiene valor
El mundo está hecho de odio y terror
No puedo respirar
Es difícil de aceptar
No puedo esperar más
¡Boom!

Siglo siniestro
Estamos perdidos
En la hora del caos
No quedan heridos
Tumba colectiva
Son todos iguales
En la fila de matanzas
Como animales
Pedir perdón
A quien puedo dar
Amordazado
¿No puedes hablar?
Con las manos amputadas
Tratando de recordar
El nombre de un santo
Para rezar
No puedo respirar
Es difícil de aceptar
No puedo esperar más
¡Boom!

Composição: João Gordo