395px

La Muerte de la Mula Negra

Raul Torres e Florencio

A Morte da Mula Preta

Vocês todos me perguntam por que eu vivo tão magoado
Olhem naquela parede um cabresto pendurado
Aquele pelego preto aquele arreio prateado
Tudo isso agora vive naquele canto jogado

Na volta daquela estrada eu fiz uma sepultura
Ali mora a mula preta em sete palmos de fundura
Seu destino foi traído igual uma criatura
Eu tenho como lembrança seu retrato na moldura

Uma cobra venenosa me fez essa ingratidão
A mula tava morrendo cortou o meu coração
Olhou com muita saudade aqueles campo e varjão
Seus olhos foram fechando dizendo adeus meu patrão

La Muerte de la Mula Negra

Todos ustedes me preguntan por qué vivo tan herido
Miren en esa pared un cabezal colgado
Esa montura negra, ese arnés plateado
Todo eso ahora vive en ese rincón tirado

En el regreso de ese camino hice una sepultura
Ahí yace la mula negra en siete palmos de profundidad
Su destino fue traicionado como una criatura
Tengo como recuerdo su retrato en el marco

Una serpiente venenosa me hizo esta ingratitud
La mula estaba muriendo, cortó mi corazón
Miró con añoranza esos campos y praderas
Sus ojos se fueron cerrando diciendo adiós, mi patrón

Escrita por: Raul Torres