Correntes

"Rei mandou chamar
se me chamar eu vou
Palácio da Rainha
Eu nunca vi tanta fulô"

São Sebastião dos Correntes
Rios e pedras e gente
Na imensidão dos Gerais

Ruas calçadas, sobrados
Uma igreja, um largo
Mundo pequeno, feliz

O trem por lá não passou
Ouviu-se só seu motor:
Vem, que não vem, que não vem ...

Chão de rosário, de andor
Pois bem, teu nome passou
Segue o do dono do trem

Mas já se sabe de cor
Que a trilha se desviou
Pelo viés do boato

Santo de rio, canção
Tão santo de ribeirão
Tudo parece calado

Mundo pequeno, feliz
Uma igreja, um largo
Ruas calçadas, sobrados
Na imensidão dos gerais
Rios e pedras
Pedras e gente
São Sebastião dos Correntes

(a antiga São Sebastião dos Correntes, no Vale do Rio Doce, interior mineiro, se chama hoje Sabinópolis, em homenagem a um político nascido naquela cidade)

Cadenas

El rey envió por
Si me llamas, iré
Palacio de la Reina
Nunca he visto tanto hollín

São Sebastião dos Cadenas
Ríos y rocas y gente
En la inmensidad del General

Calles aceras, casas adosadas
Una iglesia, una amplia
Pequeño, mundo feliz

El tren no pasó
Uno sólo escuchó su motor
Ven, que no viene, que no viene

Piso de rosario, de andor
Bueno, tu nombre ha pasado
Sigue al dueño del tren

Pero ya se sabe de memoria
Que el rastro se ha extraviado
Por el sesgo del rumor

Santo de río, canción
Tan santo de arroyo
Todo parece tranquilo

Pequeño, mundo feliz
Una iglesia, una amplia
Calles aceras, casas adosadas
En la inmensidad del general
Ríos y piedras
Piedras y personas
São Sebastião dos Cadenas

(el antiguo São Sebastião dos Churentes, en el Vale do Rio Doce, interior de Minas Gerais, hoy se llama Sabinópolis, en honor de un político nacido en esa ciudad)

Composição: Renato Motha / Valter Braga