395px

Castillos Blancos

Ricardo Botter Maio

Castelos Brancos

Castelos Brancos me acompanham
Por uma estrada longa
Atravesso seus jardins
Empoeirados de pianos;
Nobres andarilhos e tapetes multicores
A primavera enlouquecida
Colhe paz nos meus olhos
E adormece na velocidade;
Onde os homens sobre as pontes
Tentam chegar a flutuar
Por um momento fugaz

Castelos Brancos me conduzem
Por milhares de janelas de uma infâmia qualquer;
Onde os campos e as árvores
Têm a cor que a gente quer
Onde não há reis nem rainhas
Que a gente não queira
Castelos Brancos construídos pelas horas e quilômetros
Em seus salões me encontro com as palavras
As pessoas e o tempo
Música suportando a saudade
De onde partir pra onde devo chegar
Um corredor cheiro de cidades imóveis
Que me vêem passar

Castelos Brancos, nuvens, tempo,
Tapetes, horas, andarilhos
Pianos, primaveras, campos e poeira;
Corredores, reis e rainhas
Infância, palavras, saudade,
Quilômetros jardins e imensidão

Castillos Blancos

Castillos Blancos me acompañan
Por un camino largo
Atravieso sus jardines
Polvorientos de pianos;
Nobles caminantes y alfombras multicolores
La primavera enloquecida
Cosecha paz en mis ojos
Y se duerme a la velocidad;
Donde los hombres sobre los puentes
Intentan llegar a flotar
Por un momento fugaz

Castillos Blancos me conducen
Por miles de ventanas de una infamia cualquiera;
Donde los campos y los árboles
Tienen el color que uno desea
Donde no hay reyes ni reinas
Que uno no quiera
Castillos Blancos construidos por las horas y kilómetros
En sus salones me encuentro con las palabras
Las personas y el tiempo
Música soportando la añoranza
De dónde partir y a dónde debo llegar
Un pasillo lleno de ciudades inmóviles
Que me ven pasar

Castillos Blancos, nubes, tiempo,
Alfombras, horas, caminantes
Pianos, primaveras, campos y polvo;
Pasillos, reyes y reinas
Infancia, palabras, añoranza,
Kilómetros jardines e inmensidad

Escrita por: Ricardo Botter Maio