Bruta Azar
Distraída e irreverentemente
Olhei para o gerente, que em brumas quentes
Estava a roncar.
Eu não pensei nem mais que de repente,
Saí do meu batente e fui me encontrar.
Com a dona Donda fui pra lá.
Mas com o meu salário,
Um palácio merecido,
tudo mais que eu pudesse, eu não podia lhe dar,
Dei minhas mãos, lânguidas de calos e o muro do terreno ao lado eu ajudei ela pular.
E começamos a brincar.
Mas foi mesmo ontem que fiquei na bebedeira,
Aos pés de uma frutífera, de sombra altaneira,
na fome que estava E antes de qualquer besteira
resolvi me alimentar
E nem posso nem lembrar.
De repente fiquei rubro e ofegante
Já tinha perdido o ar
Desesperada da danada da morena me fugiu de lá.
Fui me acalmando me recuperando
Voltei pra minha cor, voltei a respirar
Só to bruto com um fiapo de manga que me impediu de namorar
Bruta Azar
Distraída e irreverentemente
Miré al gerente, que en brumas calientes
Estaba roncando.
No pensé ni un segundo más, de repente
Salí de mi puesto y fui a encontrarme
Con la doña Donda me fui para allá.
Pero con mi salario,
Un palacio merecido,
Todo lo demás que pudiera, no podía darle,
Di mis manos, lánguidas de callos y el muro del terreno al lado la ayudé a saltar.
Y empezamos a jugar.
Pero fue justo ayer que me embriagué,
A los pies de un árbol frutal, de sombra altanera,
Con el hambre que tenía y antes de cualquier tontería
Decidí alimentarme.
Y ni siquiera puedo recordar.
De repente me puse rojo y jadeante
Ya había perdido el aire
Desesperado, la maldita morena se escapó de allí.
Me fui calmando, recuperándome
Volviendo a mi color, volví a respirar
Sólo estoy bruto con un hilo de mango que me impidió ligar
Escrita por: Rogério Lima