Salgueiro 2025 - Marcelo Adnet e Cia
Adorê as almas
Mojubá, axé, Salgueiro
Desce orgulhoso pra rua
Que eu abro a avenida pro sangue vermelho
Mareia não, te carrego no dendê
Quem te salvou do mar, feitiço de malê
No couro a escritura sagrada
Pedaço de história roubada
Respeita o que essa terra ajuntou
Preto velho e benedito, toda crença tem valor
Ê, baiana, quem te deu esse gingado?
Fui eu, fui eu, o que tira mal olhado
Ê, baiana, tem mandinga, tua gira encantou
Te banhei de água de cheiro e aroeira de xangô
Alumiei o véu da noite, feito luz de lampião
Protejo de bala e faca que gira
Trago a estrela macambira pra guardar o meu torrão
Das matas fui buscar jurema
Separei a alfazema que perfuma teu xirê
Despacha na encruza que eu viro o teu jogo
Vingo as dores do tambor, manifesto por teu povo
Sou zé, Cristo Exú do gueto
Fecho o corpo preto no altar do samba
Hoje o teu corpo preto vai ser amuleto pra vencer demanda
Tranco a rua, veste o velho patuá
Abro a Lua pro caminho iluminar
Bate palma de macumba, vai na fé do morro inteiro
Inimigo cai de banda, arrepia Salgueiro!
Salgueiro 2025 - Marcelo Adnet y Cia
Adoro las almas
Mojubá, axé, Salgueiro
Baja orgulloso a la calle
Que yo abro la avenida para la sangre roja
No mareo, te llevo en el dendê
Quien te salvó del mar, hechizo de malê
En la piel la escritura sagrada
Pedazo de historia robada
Respeta lo que esta tierra ha juntado
Viejo negro y bendito, toda creencia tiene valor
Eh, baiana, ¿quién te dio ese ritmo?
Fui yo, fui yo, el que quita el mal de ojo
Eh, baiana, tienes mandinga, tu danza encantó
Te bañé con agua de olor y aroeira de xangô
Iluminé el velo de la noche, como luz de farol
Protejo de balas y cuchillos que giran
Traigo la estrella macambira para cuidar mi tierra
De las selvas fui a buscar jurema
Separé la lavanda que perfuma tu xirê
Despacha en la encrucijada que yo cambio tu juego
Vengo a sanar las penas del tambor, manifiesto por tu gente
Soy zé, Cristo Exú del gueto
Cierro el cuerpo negro en el altar del samba
Hoy tu cuerpo negro será amuleto para vencer demandas
Cierro la calle, viste el viejo patuá
Abro la Luna para iluminar el camino
Aplaude con la macumba, ve en la fe de todo el morro
El enemigo cae de lado, ¡arrepiente Salgueiro!
Escrita por: Fabiano Paiva / Gustavo Albuquerque / Baby do Cavaco / Andre Capá / Bruno Zullo / Rafael Castilho / Marcelinho Simon / Luizinho do Méier / Raphael Donato / Marcelo Adnet