395px

Conversando Con Las Aguas

Sebastião da Silva

Conversando Com As Águas

Água de bonitas cores
Com seus profundos rumores
Me diga de onde vem
Nesta via tortuosa
Cada curva perigosa
Solitária e espinhosa
Mas sei que você quer bem

Aqui não conhece nada
Mas não errou a estrada
O seu caminho está certo
E já que você não erra
Me diga se viu na serra
Uma casinha de terra
Inspiração do deserto

Ó água aquela casinha
Foi propriedade minha
Consolo da minha mágoa
Hoje vivo na cidade
Soluçando de saudade
Mas por curiosidade
Venho perguntar a água

Aquela casinha habita
Uma mulher tão bonita
Um corpo de mãe joanina
Muito linda de cintura
Cor morena boa altura
O seu olhar se mistura
Com o verde da campina

Nas perdidas lá da gruta
O seu perfume disputa
Com o perfume da flor
Não a esqueço um só momento
Devido ser ciumento
Faço guerra contra o vento
Pra não perder seu amor

Ó água eu tenho ciúme
E você contém o perfume
Do lago que ela é banhada
Por favor me diga ao menos
Se esses peixes pequenos
Viram os seios morenos
Do corpo da minha amada

Sei que você todo dia
Beija e acaricia
As curvas do corpo dela
Proibir não adianta
Que quando ela se levanta
Aquela cascata canta
Para apaixonar a ela

Minha esperança se esconde
Pois a água não responde
As perguntas que lhe fiz
Ficou foi mais orgulhosa
Águas forte ambiciosa
Só você é poderosa
Só eu que sou infeliz

Conversando Con Las Aguas

Agua de colores hermosos
Con sus profundos rumores
Dime de dónde vienes
En este camino sinuoso
Cada curva peligrosa
Solitaria y espinosa
Pero sé que me quieres bien

Aquí no conoces nada
Pero no te has equivocado de camino
Tu ruta es la correcta
Y ya que no te equivocas
Dime si viste en la sierra
Una casita de tierra
Inspiración del desierto

Oh agua, esa casita
Fue propiedad mía
Consuelo de mi pena
Hoy vivo en la ciudad
Sollozando de nostalgia
Pero por curiosidad
Vengo a preguntarle al agua

Esa casita habita
Una mujer tan hermosa
Un cuerpo de madre joanina
Muy linda de cintura
Piel morena, buena estatura
Su mirada se mezcla
Con el verde de la campiña

En lo perdido de la gruta
Su perfume compite
Con el perfume de la flor
No la olvido ni un solo momento
Por ser celoso
Hago guerra contra el viento
Para no perder su amor

Oh agua, tengo celos
Y tú contienes el perfume
Del lago en el que ella se baña
Por favor dime al menos
Si esos peces pequeños
Han visto los senos morenos
Del cuerpo de mi amada

Sé que cada día
La besas y acaricias
Las curvas de su cuerpo
Prohibir no sirve de nada
Porque cuando ella se levanta
Esa cascada canta
Para enamorarla

Mi esperanza se esconde
Pues el agua no responde
A las preguntas que le hice
Se ha vuelto más orgullosa
Aguas fuertes y ambiciosas
Solo tú eres poderosa
Solo yo soy infeliz

Escrita por: Daudeth Bandeira