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Verbo Saudade

Senderos

Verbo Saudade

O poeta perguntou ao sol:
Porque a lua teve que ir dormir?
Pediu desculpas pelo silêncio que o dia fez surgir.

O capitão perguntou ao mar:
Em quantos cais mais vai procurar?
O amor que um dia deixou em terra e
insiste em recordar.

Saudade não é verbo, mas eu conjugo mesmo assim.
Meu coração tá um pouco lento mas eu aguento até o fim.
Ô saudade vê se vai embora,
porque aqui não é o teu lugar.
Sei que vc tem pressa, pra que eu te peça pra ficar.

O velho sábio perguntou ao tempo:
Quanto tempo mais temos pra saber?
Tudo que existe entre o céu e a terra o que existe entre eu e você.
O velho amigo perguntou sem jeito:
O que a amizade tem a oferecer?
Eu te ofereço todo apreço que o amigo pode ter.
Saudade não é verbo, mas eu conjugo mesmo assim.
Meu coração tá um pouco lento mas eu aguento até o fim
Ô saudade vê se vai embora,
porque aqui não é o teu lugar.
Sei que vc tem pressa, pra que eu te peça pra ficar.

Verbo Saudade

El poeta le preguntó al sol:
¿Por qué la luna tuvo que ir a dormir?
Se disculpó por el silencio que el día hizo surgir.

El capitán le preguntó al mar:
¿En cuántos muelles más buscará?
El amor que un día dejó en tierra e
insiste en recordar.

La saudade no es un verbo, pero lo conjugo de todos modos.
Mi corazón está un poco lento pero aguanto hasta el final.
¡Ay saudade, vete de una vez,
porque aquí no es tu lugar!
Sé que tienes prisa, para que te pida que te quedes.

El viejo sabio le preguntó al tiempo:
¿Cuánto tiempo más tenemos para saber?
Todo lo que existe entre el cielo y la tierra, lo que existe entre tú y yo.
El viejo amigo preguntó sin rodeos:
¿Qué tiene la amistad que ofrecer?
Te ofrezco todo el aprecio que un amigo puede tener.
La saudade no es un verbo, pero lo conjugo de todos modos.
Mi corazón está un poco lento pero aguanto hasta el final.
¡Ay saudade, vete de una vez,
porque aquí no es tu lugar!
Sé que tienes prisa, para que te pida que te quedes.

Escrita por: De Sá / Octavio