Encruzilhada
Sinto que cheguei na apavorante encruzilhada
Tenho muito medo e na verdade
Já nem sei o que é coragem
Tenho apenas amor dentro de mim
E nos piores momentos
Você tem que ser sozinho
Percebo agora que um colo não é refúgio
Nem surte efeito não
Talvez essa seja mesmo
A inevitável encruzilhada
Onde os meninos se tornam homens
Onde o dia da lugar à noite
Esta é a assustadora encruzilhada
Onde a visão não vi nenhuma alvorada
Onde a mão se transforma em foice
Onde as costas ardem sem nenhum açoite
Onde percebo que pra seguir na longa caminhada
Preciso decidir nessa maldita encruzilhada
Qual dessas estradas devo tomar
Qual o meu caminho, como me encontrar
Agora sei porquê as cidades começam nela
Muitos desistiram, muitos sucumbiram
Ouço o choro de mulher nessa estrada
Onde sigo, onde sinto
A existência do meu filho que não veio
Que quer sentir os braços dessa vida
E é por isso que já não estou mais
Perdido e sozinho nessa encruzilhada
Encrucijada
Siento que he llegado a la aterradora encrucijada
Tengo mucho miedo y en realidad
Ya ni sé lo que es coraje
Solo tengo amor dentro de mí
Y en los peores momentos
Uno tiene que estar solo
Ahora entiendo que un regazo no es refugio
Ni surte efecto alguno
Tal vez esta sea realmente
La inevitable encrucijada
Donde los niños se convierten en hombres
Donde el día da paso a la noche
Esta es la aterradora encrucijada
Donde la vista no ve ningún amanecer
Donde la mano se convierte en guadaña
Donde la espalda arde sin ningún azote
Donde comprendo que para seguir en la larga caminata
Debo decidir en esta maldita encrucijada
¿Qué camino debo tomar de estos?
¿Cuál es mi camino, cómo encontrarme?
Ahora entiendo por qué las ciudades comienzan aquí
Muchos desistieron, muchos sucumbieron
Escucho el llanto de una mujer en este camino
Donde sigo, donde siento
La existencia de mi hijo que no llegó
Que quiere sentir los brazos de esta vida
Y es por eso que ya no estoy más
Perdido y solo en esta encrucijada
Escrita por: Márcio Borges / Sergio Anil