Rainha Morena

Sou morena
A rainha morena da tribo de Iracema
Sou morena
Ando nua na selva encantada de Ipanema
Sou a índia brasileira
Tenho as pratas e os ouros das matas na bandeira
Bugigangas
Quero mesmo é as contas de vidros e as miçangas
Tenho tudo o que pedir
Segura xará que é isso aí
Voltei a falar a língua tupi
Na aldeia global que é isso aqui
Que vai do Oiapoque ao Chuí
Mesmo pobre de marré decí
Eu sou brasileira e to aí

Sou morena
Já nasci mesmo pra ser escrava dos sistemas
Sou morena
Pouco a pouco, porém rebentei minhas algemas
Sou de paz, mas sou guerreira
Devagar chego lá derrubando essas fronteiras
To de tanga
Mesmo assim já to dando o meu grito do Ipiranga
Quero tudo o que perdi
Eu quero escolher o que não escolhi
Quero ser cacique guarani
Poder crer no me pajé daqui
Ter como quiser meu bacuri
Mesmo pobre de marré decí
Eu sou brasileira e to aí.

Reina Morena

Soy morena
La reina morena de la tribu de Iracema
Soy morena
Camino desnudo en la jungla encantada de Ipanema
Soy el indio brasileño
Tengo la plata y el oro del bosque en la bandera
Gadgets
Realmente quiero las cuentas de vidrio y las cuentas
Tengo todo que pedir
Espera, eso es todo
Hablé el idioma Tupi otra vez
En la aldea global que es esto aquí
Que va de Oiapoque a Chuí
Incluso el pobre cazador decidió
Soy brasileño y estoy allí

Soy morena
Nací para ser esclava de los sistemas
Soy morena
Poco a poco, pero me rompí las esposas
Soy de paz, pero soy un guerrero
Poco a poco voy a derribar estas fronteras
Tanga en una tanga
Todavía estoy dando mi grito de Ipiranga
Quiero todo lo que he perdido
Quiero elegir lo que no elegí
Quiero ser el jefe guaraní
Creer en mi página desde aquí
Ten mi bacuri como quieras
Incluso el pobre cazador decidió
Soy brasileño y estoy allí

Composição: Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro