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Eclipse

sonhos tomam conta

Eclipse

Um sol negativo queima os meus olhos
E os paraliza, o medo volta até
Minha carne se desfazer
Em fragmentos desconexos
De tudo o que eu não fui e tudo que eu não vou ser

O sol cai sobre os meus ombros e já não sei se sou humano
Minha pele queima com a luz de um futuro que não vou viver
A chuva cai em volta dos cacos e compõe relapsos de dias esparsos
Que se passam dentro de sonhos meio amargos entre o dia e o descanso

E a noite vai dizer
Fantasmas o que não pude ser

A realidade já parece uma memória tão distante, que quero revisitar, mas não posso
De tudo o que apaguei, só restam aqueles mesmos fantasmas
Que nunca vão me deixar em paz

Eu não to aqui
Não existo em nada
Tudo vai se descompor em memórias que nunca vou encontrar
Longe dos meus pesadelos eu vou me enterrar

Eclipse

Un sol negativo quema mis ojos
Y los paraliza, el miedo regresa
Mi carne deshaciéndose
En fragmentos desconexos
De todo lo que no fui y todo lo que no seré

El sol cae sobre mis hombros y ya no sé si soy humano
Mi piel arde con la luz de un futuro que no viviré
La lluvia cae alrededor de los fragmentos y compone lapsos de días dispersos
Que transcurren en sueños medio amargos entre el día y el descanso

Y la noche dirá
Fantasmas lo que no pude ser

La realidad ya parece una memoria tan lejana, que quiero revisitar, pero no puedo
De todo lo que borré, solo quedan esos mismos fantasmas
Que nunca me dejarán en paz

No estoy aquí
No existo en nada
Todo se descompondrá en memorias que nunca encontraré
Lejos de mis pesadillas me enterraré

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