Terra À Vista
Terra à vista
Tem palmeiras, sabiás, mulatas ainda não
Água à vista, perco o chão
Essa merda de navio
Entrou por um desvio
Será que mudou o rumo
E agora vamos para as índias
Nada disso
Vai ao fundo
Meio mundo
Neste mar
A se afogar
Água à vista
Terra à vista
Tem palmeiras, sabiás, mulatas ainda não
Tem Pau Brasil a dar com o pau
Como dizia Cabral
Tem coqueiro que dá coco
Tem mangueira que dá caju e tem popó
Do maculelê
Tem caça, cabaça, cachaça, trapaça
Mordaça, arruaça, vidraça
Desgraça, raça, pirraça
Caça, cabaça, cachaça
Mordaça, arruaça, vidraça
Desgraça, raça, pirraça
E índia cheia de graça
Tierra a la vista
Tierra a la vista
Hay palmeras, ya sabes, mulato aún no
Agua a la vista, pierdo el suelo
Esa maldita nave
Entró por un desvío
¿Ha cambiado de rumbo?
Y ahora vamos a las Indias
Nada de eso
Ir a la parte inferior
Medio mundo
En este mar
Ahogamiento
Agua a la vista
Tierra a la vista
Hay palmeras, ya sabes, mulato aún no
Tiene Pau Brasil para dar con el palo
Como solía decir Cabral
Hay un árbol de coco que da coco
Tiene manguera de anacardos y popo
De la maculelé
Hay caza, calabaza, cachaça, engaño
Mordaza, desorden, acristalamiento
Doom, raza, mocosa
Caza, calabaza, cachaça
Mordaza, desorden, acristalamiento
Doom, raza, mocosa
Y la India llena de gracia
Composição: Branco Mello / Emerson Villani; Aderbal Freire