Pele de Tambor
Minha pele estirada é o couro do tambor
Poderosa minha voz, penetrante meu soar
Esqueço o passado, traço uma nova rota
Seguindo minhas origens guardadas na memória
Muita coisa já mudou, muita coisa vai mudar
Tenho a certeza que esta historia irá continuar
Pelos caminhos do som, que ganha vida
Onde o suingue do batuque forte
Faz a trilha
Vozes do quilombo ecoam em minhas rimas
Resistência dos palmares , fiel mitologia
Rosário dos pretos, zumbi lutador
A liderança firmada,
Que o tempo não levou
Na batida do rap que ancestrais instigam a compor
Mariô , ó meu pai
Guerreiro protetor
E seja onde for, serei caminhador
Pisando em chão de terra, na luta
Honrando meu valor
Minha pele é de tambor
Penetrante é meu soar
Poderosa minha voz
Black broder pra brilhar
Se liga só
Que é pra valer a visão do dom, no tom da historia
Pra mostrar que eu vim de dentro,
No centro dessa hora
Rompe o espaço
Desata o laço
Na batida do negro
Do sujeito afro
Ouço tamborins, vozes que me chamam
Caminhos abertos, luzes me emanam
Odoyá, minha mãe
Aruanda é minha vó
Com a fé do povo banto sei que não estarei só
Adjo mariô
Adjo mariô
Cabicilhê caô
Minha pele estirada é couro do tambor
Ouço tamborins
Vozes que me chamam
Poderosa minha voz!
Pele de Tambor
Mi piel estirada es el cuero del tambor
Poderosa mi voz, penetrante mi sonar
Olvido el pasado, trazo una nueva ruta
Siguiendo mis raíces guardadas en la memoria
Muchas cosas han cambiado, muchas cosas cambiarán
Tengo la certeza de que esta historia continuará
Por los caminos del sonido, que cobra vida
Donde el ritmo del fuerte tambor
Abre el camino
Voces del quilombo resuenan en mis rimas
Resistencia de los palmares, fiel mitología
Rosario de los negros, Zumbi luchador
La liderazgo establecida,
Que el tiempo no se llevó
En el ritmo del rap que los ancestros instigan a componer
Mariô, oh mi padre
Guerrero protector
Y sea donde sea, seré caminante
Pisando tierra, en la lucha
Honrando mi valor
Mi piel es de tambor
Penetrante es mi sonar
Poderosa mi voz
Hermano negro para brillar
Escucha bien
Que es para valorar la visión del don, en el tono de la historia
Para mostrar que vengo de adentro,
En el centro de esta hora
Rompe el espacio
Desata el lazo
En el ritmo del negro
Del sujeto afro
Escucho tambores, voces que me llaman
Caminos abiertos, luces me emanan
Odoyá, mi madre
Aruanda es mi abuela
Con la fe del pueblo banto sé que no estaré solo
Adjo mariô
Adjo mariô
Cabicilhê caô
Mi piel estirada es cuero del tambor
Escucho tambores
Voces que me llaman
¡Poderosa mi voz!