395px

Rastros de Ausencia (parte de Mauricio Marques)

Vinícius Brum

Rastros de Ausência (part. Maurício Marques)

Há quanto tempo o abandono
Anda rondando a querência
Deixando rastros de ausência
E o pago inteiro sem sono
Em cada rancho ou tapera
Na solidão da campanha
Vem a tristeza e se entranha
Rangendo porta e janela

Este silêncio de poço que já não serve
Que já não serve pra sede secou meu sonhos
Mal sustentando as paredes deste silêncio
Secou meus sonhos de moço

Este silêncio de poço que já não serve
Que já não serve pra sede
Mal sustentando as paredes
Secou meus sonhos de moço

Na pampa quase deserta
Que o futuro amedronta
Resta ao final das contas
Somente uma estrada certa

Aquela que a mente humana
Pregões e ganância
Perdeu o rumo e a distância
E a própria sorte profana

Rastros de Ausencia (parte de Mauricio Marques)

Hace cuánto tiempo el abandono
Anda rondando la querencia
Dejando huellas de ausencia
Y el pago entero sin sueño
En cada rancho o choza
En la soledad de la campiña
Viene la tristeza y se enraíza
Chirriando puertas y ventanas

Este silencio de pozo que ya no sirve
Que ya no sirve para la sed secó mis sueños
A duras penas sosteniendo las paredes de este silencio
Secó mis sueños de joven

Este silencio de pozo que ya no sirve
Que ya no sirve para la sed
A duras penas sosteniendo las paredes
Secó mis sueños de joven

En la pampa casi desierta
Que el futuro amedrenta
Al final de cuentas queda
Sólo un camino cierto

Aquel que la mente humana
Pregones y avaricia
Perdió el rumbo y la distancia
Y la propia suerte profana

Escrita por: Adão Quevedo / Mauro Marques