Tomo Conta Desta Tua Casa

Tomo conta desta tua casa
Imprópria para amar, sei lá porquê
Não consigo agarrar o que me resta
Pedaços do que foste, e ninguém vê

Rendido ao teu sofá, nele me encontro
Repouso agora em sono mal dormido
Pretendo esclarecer o desencontro
Do nosso amor que há muito anda perdido

Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real

Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real

A leve embriaguez passa a febre
Num quente desconforto de um mendigo
Que aguarda numa esperança duvidosa
O gesto carinhoso de um abrigo

Pensar, sentir, querer, é tão confuso
A sensação da dor está revelada
Agora o que fazemos de nós dois?
Vivemos como se não fosse nada

Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real

Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real

Yo me ocupo de esta casa tuya

Yo me encargaré de esta casa tuya
No apto para amar, no sé por qué
No puedo entender lo que me queda
Piezas de lo que eras, y nadie ve

Rendido a tu sofá, en él me encuentro a mí mismo
Descansa ahora en mal sueño
Tengo la intención de aclarar el desajuste
De nuestro amor que se ha perdido durante mucho tiempo

Lo sé
Que no es fácil hablar o decidir
No todo es falso e incoloro
Esa perversión será aún más real

Lo sé
Que no es fácil hablar o decidir
No todo es falso e incoloro
Esa perversión será aún más real

La embriaguez leve pasa a fiebre
En la cálida incomodidad de un mendigo
Quién espera en una esperanza dudosa
El gesto afectuoso de un refugio

Pensar, sentir, querer, es tan confuso
La sensación de dolor se revela
¿Qué hacemos con los dos?
Vivimos como si no fuera nada

Lo sé
Que no es fácil hablar o decidir
No todo es falso e incoloro
Esa perversión será aún más real

Lo sé
Que no es fácil hablar o decidir
No todo es falso e incoloro
Esa perversión será aún más real

Composição: Jorge Benvinda