Manifesto Part. V.G (Prod. Lemiske)
Tattoo nas costas, vida exposta, pra sua lei de bosta
Sou alvo certo, passo quieto, os farda encosta
Pra (nós) não tem proposta, é disso que eles gostam
Por aqui vida de preto é uma batalha, sem direito de resposta
Carrego o fardo de ser muito mais cobrado
Entre vários tons de preto, filho, só papel que é pardo
País miscigenado e eu vejo vários na disputa
Por qual boca é mais carnuda, não é o foco da luta
Escuta, se foi mais um pro saco e resta dor
Não pergunta lá quem era, pergunta qual era a cor
Chato nas ideia eu sou, levantando minha bandeira
Se moscar leva rasteira, racista sente o tremor
W.I. a seu dispor, ouça o toque do tambor
Herdeiro da capoeira, avisa lá que nós chegou
Quero progresso e amor, pelos nossos sei que eu tô
Atravesso sua fronteira, tu só vai sentir o vapor
Preto com dinheiro é ofensa, pensa no que tem valor
Liberdade é só palavra, nós só tem por que comprou
Quantos pretos morre, corre risco, e você nem notou
Sua coroa sofre no serviço e você não acordou
Alvo do sistema, esse problema sempre me cercou
Podem colocar algema, mas calar minha boca eu não vou, ó
Devo explicação pra quem? Eu vou me explicar por quê?
Meu cabelo é assim, doutor, tudo que tu vai saber, porra
O fato é que nós perde
Nessa disputa injusta onde o governo nunca sede
Todos de branca pele, tu sabe o que eles querem
Que não que você pense, mas sim que você carregue
Não se entregue!
Enquanto eu canto morre mais um irmão que confundido
Bala perdida que só encontra os preto, eu tô fodido
Não vai chorar lá quando me ver no chão estendido
Me ajuda agora a buscar vitória enquanto eu tô vivo
Com medo de viatura toda vez é perseguido
Servir e proteger virou clichê, nós sabe disso
De que vale o direito nas ruas de dentro, amigo?
Eu estudei pra quê? Se eu sempre tô sendo agredido
Acontece que pra (nós) é muito fácil ter as mãos sujas de sangue
Pra mim isso é tão pequeno, você se acha grande
Agora eu não me importo em tocar seu coração
O que eu quero pra mim eu faço com minhas próprias mãos
Nossa história foi contada, em livros em gravuras
Antes em senzalas, hoje em viaturas
E o fio que me sutura percebeu e você não
Seu sangue que é tão azul é mais vermelho que o de um jão
Essa porra é sobre ter e não ser, isso explica o bastante
E eu não falo só de agora, isso já vem de antes
Saquearam minhas terras, roubaram minha fortuna
Me usou na sua história mesmo sem eu ter uma
Qual é a cor do seu Deus? Por que você me julga?
Qual o nome dessa raça que você chama de pura?
Me diz qual é a sua luta, por que zomba de mim?
Qual é a acusação? Qual crime eu cometi?
Qual a sua explicação pro que você faz comigo?
O que cê vai dizer pra (Deus) no dia do julgamento?
Qual a hora que o relógio tá marcando no seu pulso?
Tá na hora de pagar pelo que fez com o meu povo!
Onde a bala come, quem nasceu sem sobrenome
De família importante, é irrelevante, e você sabe bem
Visto como membro de uma gangue, sendo que a poça de sangue
Derrubada ali na esquina, é de um de nós também
Esse papo de que tu confunde, atira, mas não assume
Não deu tempo pra pensar, é menos um do bem
Truculência, rude, opressão nas atitudes
Mude esse comportamento, antes que o povo mude por vocês
Eu estudei pra que se eu sempre tô sendo agredido?
Eu estudei pra que se eu sempre tô sendo agredido?
Eu estudei pra que se eu sempre tô sendo agredido?
Eu estudei pra que se eu sempre tô sendo agredido?
Manifiesto Parte V.G (Prod. Lemiske)
Tatuaje en la espalda, vida expuesta, para tu ley de mierda
Soy blanco fácil, paso callado, los uniformados se acercan
Para nosotros no hay propuesta, eso es lo que les gusta
Por aquí la vida de los negros es una batalla, sin derecho a réplica
Cargo con la carga de ser mucho más exigido
Entre varios tonos de negro, hijo, solo el papel es pardo
País mestizo y veo varios en la disputa
Por cuál boca es más carnosa, no es el foco de la lucha
Escucha, si fue uno más para el saco y queda dolor
No preguntes quién era, pregunta cuál era el color
Molesto en las ideas soy, levantando mi bandera
Si te descuidas te derribo, racista siente el temblor
W.I. a tu disposición, escucha el toque del tambor
Heredero de la capoeira, avisa que hemos llegado
Quiero progreso y amor, por los nuestros sé que estoy
Atravieso tu frontera, solo sentirás el vapor
Negro con dinero es ofensa, piensa en lo que tiene valor
Libertad es solo palabra, nosotros solo tenemos porque compramos
Cuántos negros mueren, corren riesgo, y tú ni lo notaste
Tu corona sufre en el servicio y tú no despertaste
Blanco del sistema, este problema siempre me rodeó
Pueden ponerme esposas, pero callar mi boca no voy, oh
¿Debo explicación a quién? ¿Me voy a explicar por qué?
Mi cabello es así, doctor, todo lo que vas a saber, mierda
El hecho es que nosotros perdemos
En esta injusta disputa donde el gobierno nunca cede
Todos de piel blanca, sabes lo que quieren
Que no pienses, sino que cargues
¡No te rindas!
Mientras canto muere otro hermano confundido
Bala perdida que solo encuentra a los negros, estoy jodido
No llores cuando me veas en el suelo extendido
Ayúdame ahora a buscar la victoria mientras estoy vivo
Con miedo a la patrulla siempre es perseguido
Servir y proteger se volvió cliché, nosotros sabemos
¿De qué vale el derecho en las calles de adentro, amigo?
¿Estudié para qué? Si siempre estoy siendo agredido
Sucede que para nosotros es muy fácil tener las manos sucias de sangre
Para mí eso es tan pequeño, tú te crees grande
Ahora no me importa tocar tu corazón
Lo que quiero para mí lo hago con mis propias manos
Nuestra historia fue contada, en libros en grabados
Antes en las senzalas, hoy en las patrullas
Y el hilo que me sutura se dio cuenta y tú no
Tu sangre que es tan azul es más roja que la de un jeta
Esto es sobre tener y no ser, eso explica bastante
Y no hablo solo de ahora, esto viene de antes
Saquearon mis tierras, robaron mi fortuna
Me usaste en tu historia aunque no tuviera una
¿Cuál es el color de tu Dios? ¿Por qué me juzgas?
¿Cuál es el nombre de esa raza que llamas pura?
Dime cuál es tu lucha, ¿por qué te burlas de mí?
¿Cuál es la acusación? ¿Qué crimen cometí?
¿Cuál es tu explicación por lo que haces conmigo?
¿Qué vas a decirle a Dios en el día del juicio?
¿Qué hora marca el reloj en tu muñeca?
¡Es hora de pagar por lo que hiciste con mi gente!
Donde la bala come, quien nació sin apellido
De familia importante, es irrelevante, y tú lo sabes bien
Visto como miembro de una pandilla, cuando el charco de sangre
Derramada en la esquina, es de uno de nosotros también
Este cuento de que confundes, disparas, pero no asumes
No hubo tiempo para pensar, es uno menos del bien
Truculencia, ruda, opresión en las actitudes
Cambia ese comportamiento, antes de que el pueblo cambie por ustedes
¿Estudié para qué si siempre estoy siendo agredido?
¿Estudié para qué si siempre estoy siendo agredido?
¿Estudié para qué si siempre estoy siendo agredido?
¿Estudié para qué si siempre estoy siendo agredido?
Escrita por: W.I. e V.G