Cara de Queixa
Você tá saindo da linha
Por qualquer coisinha
Reclama da vida
E tem tudo o que quer
Beleza, juventude
Conforto, saúde
Tem casa e comida
Meu bem, não consigo entender
Essa monotonia que só você vê
Não tem quase nunca alegria ou prazer
Tá sempre de azia, enxaqueca, chiquê
Não sei como o tempo não fecha
Essa cara de queixa
Meu Deus, me incomoda
Quando a gente sai
Pra você nada presta
Um cinema, uma festa
Um boteco, uma roda
Eu sofro, meu bem, com esse clima
E a volta por cima não há quem não dê
A matéria-prima da vida é saber
Que só autoestima é que ajuda a você
Meu bem, sempre que você chega
Só tem nuvem negra
Por sobre a cabeça, ai Jesus!
Só falar em desgraça, que assombro!
Carrega nos ombros
O peso de dois urubus
Viver desse jeito é um espeto
Tira o bode-preto
Sai da contraluz
Mangalô, três vezes, meu Deus, credo-em-cruz!
E bota pra fora o pescoço, avestruz!
Cara de Quejumbre
Estás saliendo de la línea
Por cualquier tontería
Te quejas de la vida
Y tienes todo lo que quieres
Belleza, juventud
Comodidad, salud
Tienes casa y comida
Mi amor, no logro entender
Esta monotonía que solo tú ves
Casi nunca hay alegría o placer
Siempre estás con acidez, migraña, chisme
No sé cómo el tiempo no cambia
Esa cara de quejumbre
Dios mío, me molesta
Cuando salimos
Para ti nada sirve
Un cine, una fiesta
Un bar, una ronda
Yo sufro, mi amor, con este clima
Y la vuelta por arriba no hay quien no dé
La materia prima de la vida es saber
Que solo la autoestima es lo que te ayuda
Mi amor, cada vez que llegas
Solo hay nube negra
Sobre la cabeza, ay Dios!
Solo hablas de desgracias, ¡qué espanto!
Cargas sobre los hombros
El peso de dos buitres
Vivir de esta manera es un tormento
Quita el mal humor
Sal de contraluz
¡Mangalô, tres veces, Dios mío, credo en cruz!
Y saca el cuello, avestruz!
Escrita por: Wilson Das Neves / Paulo César Pinheiro