395px

Medio Ambiente

Zé do Cedro e Tião do Pinho

Meio Ambiente

Fui rever o meu sertão
E voltei muito contente
Porque eu vi que a passarada
Estão vivendo livremente
O inhambu lá na palhada
Chega pertinho da gente
A perdiz e a codorninha
Come milho com as galinhas
No quintal dos meus parentes

Lá na mata do pau d’alho
O que ficou pra semente
No galho do angiqueiro
O sabiá canta dolente
Também canta a juriti
Na hora do sol bem quente
Quando chega à tardinha
Canta triste as pombinhas
Chega arrepiar a gente

Lá na beira do corguinho
Naquele mormaço quente
Se reúne a passarada
Pra beber água corrente
Nesta hora o gavião
Por ali se faz presente
Nesta hora eu acho graça
Porque quando ele passa
Se esparram de repente

Meu sertão hoje está alegre
Está tudo diferente
Não tem mais os caçador
Que matavam cruelmente
Nem gaiola e alçapão
Como tinha antigamente
A passarada faz festa
Do pouquinho que ainda resta
Do nosso meio ambiente

Medio Ambiente

Fui a revisar mi región
de vuelta muy contento
Porque vi que las aves
están viviendo libremente
El inhambu en la paja
se acerca a la gente
La perdiz y la codorniz
comen maíz con las gallinas
En el patio de mis parientes

En el bosque de palo de ajo
lo que quedó para sembrar
En la rama del angico
el zorzal canta doliente
También canta la paloma
a la hora del sol ardiente
Cuando llega la tarde
canta triste las palomitas
Hace erizar la piel

En la orilla del arroyito
en ese bochorno caliente
Se reúne la bandada
para beber agua corriente
En ese momento el gavilán
se hace presente
En ese momento me divierte
porque cuando pasa
se dispersan de repente

Mi región hoy está alegre
todo es diferente
Ya no hay cazadores
que mataban cruelmente
Ni jaulas ni trampas
como solía haber antes
Las aves celebran
lo poco que aún queda
de nuestro medio ambiente

Escrita por: Tião Do Pinho / Zé do Cedro