395px

Soledad del Vaquero

Zé Matão e Matãozinho

Solidão de Boiadeiro

Visitei o boiadeiro o meu herói do passado
Me contou a sua vida com o rosto acapunhado
Percorri o meu país sempre transportando gado
Boi berrava no meu peito não pensei em casamento, vivo só e abandonado

Eu sou lá de Andradina já tive um punho de aço
Cortei estradas desertas no meu cavalo picaço
Consegui sobreviver manejando um forte laço
Hoje velho arrebentado, descanso o corpo cansado na cadeira do terraço

Até o rei do café me chamou de Zé ninguém
O barbeiro de Barretos me recebeu com desdém
Pensavam os prepotentes que eu não tinha um vintém
Eu tive grandes vitórias pra deixar nome na história tive derrotas também

É só falar de boiada a saudade me fascina
Eu vejo o gado pastando lá no verde da campina
Hoje tudo é passado à tristeza me domina
Embora velho e cansado eu já fui o rei do gado sou nascido em Andradina

Soledad del Vaquero

Visité al vaquero, mi héroe del pasado
Me contó su vida con el rostro curtido
Recorrí mi país siempre transportando ganado
El toro bramaba en mi pecho, no pensé en casarme, vivo solo y abandonado

Soy de Andradina, tuve un puño de acero
Corté caminos desiertos en mi caballo picaço
Logré sobrevivir manejando un fuerte lazo
Hoy viejo y agotado, descanso mi cuerpo cansado en la silla del patio

Hasta el rey del café me llamó Zé nadie
El barbero de Barretos me recibió con desdén
Los prepotentes pensaban que no tenía un centavo
Tuve grandes victorias para dejar mi nombre en la historia, también tuve derrotas

Basta con mencionar el ganado, la nostalgia me fascina
Veo al ganado pastando en el verde de la campiña
Hoy todo es pasado, la tristeza me domina
Aunque viejo y cansado, fui el rey del ganado, nacido en Andradina

Escrita por: