Solidão de Boiadeiro

Soledad del Vaquero

Solidão de Boiadeiro

Visité al vaquero, mi héroe del pasadoVisitei o boiadeiro o meu herói do passado
Me contó su vida con el rostro curtidoMe contou a sua vida com o rosto acapunhado
Recorrí mi país siempre transportando ganadoPercorri o meu país sempre transportando gado
El toro bramaba en mi pecho, no pensé en casarme, vivo solo y abandonadoBoi berrava no meu peito não pensei em casamento, vivo só e abandonado

Soy de Andradina, tuve un puño de aceroEu sou lá de Andradina já tive um punho de aço
Corté caminos desiertos en mi caballo picaçoCortei estradas desertas no meu cavalo picaço
Logré sobrevivir manejando un fuerte lazoConsegui sobreviver manejando um forte laço
Hoy viejo y agotado, descanso mi cuerpo cansado en la silla del patioHoje velho arrebentado, descanso o corpo cansado na cadeira do terraço

Hasta el rey del café me llamó Zé nadieAté o rei do café me chamou de Zé ninguém
El barbero de Barretos me recibió con desdénO barbeiro de Barretos me recebeu com desdém
Los prepotentes pensaban que no tenía un centavoPensavam os prepotentes que eu não tinha um vintém
Tuve grandes victorias para dejar mi nombre en la historia, también tuve derrotasEu tive grandes vitórias pra deixar nome na história tive derrotas também

Basta con mencionar el ganado, la nostalgia me fascinaÉ só falar de boiada a saudade me fascina
Veo al ganado pastando en el verde de la campiñaEu vejo o gado pastando lá no verde da campina
Hoy todo es pasado, la tristeza me dominaHoje tudo é passado à tristeza me domina
Aunque viejo y cansado, fui el rey del ganado, nacido en AndradinaEmbora velho e cansado eu já fui o rei do gado sou nascido em Andradina