395px

Laíla de Todos los Santos, Laíla de Todos los Sambas

Zé Paulo Sierra

Laíla de Todos Os Santos, Laíla de Todos Os Sambas

Acende vela para o rei dessa pedreira
A sua aldeia hoje evoca o trovão
Lá vem o filho de xangô com Iansã
Reviver nesse terreiro
Toda luz do seu afã
E veje bem, toda crença é bem-vinda
O menino de Corina põe o pé e espera o chão
Cada fio no pescoço, é mandinga do divino
O feitiço desse moço guia a fé do seu destino

Preto velho me ensinou a caminhar
Quem não quer guerra sabe guerrear
O valor do meu lugar é lição do professor
Naê rainha do meu beija-flor

Luiz Fernando do Carmo e do morro
Veste a sandália de couro
Rege a sinfonia da favela
O som da lata é batuque nas vielas
Ô dindinha clareia o meu luar
Ê nanaê oká, ê nanaê
Não foi em vão o canto do sabiá
É caboclo injuriado no axé de Ogunhê
(Em nome do pai)
Em oração meu pai
Cortejo, em revoada, Beija Flor
Pra retornar aos passos de um griô!
Luz da nobreza prateando a rua
O teu samba continua onde ecoa tua voz
Ó mestre
Mesmo proibido, olhai por nós!
Não estamos sós!

Guarda a encruzilhada, abre os caminhos
Exu da Baixada, de volta pro ninho
Quem busca a vitória, não teme quebranto!
Laroyê! Laíla de todos os santos!

Laíla de Todos los Santos, Laíla de Todos los Sambas

Enciende una vela para el rey de esta cantera
Tu aldea hoy evoca el trueno
Ahí viene el hijo de Xangó con Iansã
Reviviendo en este terreiro
Toda luz de su afán
Y mira bien, toda creencia es bienvenida
El niño de Corina pone el pie y espera el suelo
Cada hilo en el cuello, es mandinga de lo divino
El hechizo de este chico guía la fe de su destino

El viejo negro me enseñó a caminar
Quien no quiere guerra sabe pelear
El valor de mi lugar es lección del maestro
Naê reina de mi colibrí

Luiz Fernando del Carmo y del cerro
Lleva la sandalia de cuero
Dirige la sinfonía de la favela
El sonido de la lata es batuque en las calles
Ô dindinha aclara mi luna
Ê nanaê oká, ê nanaê
No fue en vano el canto del zorzal
Es caboclo injuriado en el axé de Ogunhê
(En nombre del padre)
En oración mi padre
Cortejo, en vuelo, Beija Flor
¡Para regresar a los pasos de un griô!
Luz de la nobleza plateando la calle
Tu samba continúa donde resuena tu voz
Ó maestro
¡Aun prohibido, mira por nosotros!
¡No estamos solos!

Guarda la encrucijada, abre los caminos
Exu de la Baixada, de vuelta al nido
Quien busca la victoria, no teme el quebranto!
¡Laroyê! Laíla de todos los santos!

Escrita por: Sidney De Pilares / Jorginho / Moreira / Marcelo Lepiane / Valtinho Botafogo / João Conga / Dr. André Lima