Bicicletas Assassinas
Eu já não vejo bicicletas
Assentadas nas paredes do meu quarto
Antigamente eu dormia
E elas ficavam vigiando o meu sono
E tramavam em silêncio
A minha morte prematura
Mas eu sabia!
E eu fugia pras colinas
Me abrigava entre os fungos da montanha
Os meus olhos estalados vigiavam
Os caminhos mais estreitos
E se eu visse o perigo se achegando
E montava o meu porco voador
E escaparia do destino
Entre as nuvens coloridas
Gaivotas de asas curtas
E pinturas surreais
Eu mergulhava pelos vales
E penhascos incrustados nos sinais
E avançava o vermelho
Feito um carro em desespero pedalando os meus pedais
Eu escalei fachos de luz
Eu mergulhei em lagos crus
Eu me escondi entre os anuns
E me encharquei de velhos runs
E acho que hoje eu sou livre
Eu despistei as bicicletas do meu sonho
E agora eu durmo tranqüilo
Pois não há mais bicicletas vigiando nos meus ombros
Bicicletas Asesinas
Ya no veo bicicletas
Colocadas en las paredes de mi habitación
Antes solía dormir
Y ellas se quedaban vigilando mi sueño
Y tramaban en silencio
Mi muerte prematura
¡Pero yo sabía!
Y huía a las colinas
Me refugiaba entre los hongos de la montaña
Mis ojos abiertos vigilaban
Los caminos más estrechos
Y si veía el peligro acercarse
Montaba mi cerdo volador
Y escaparía del destino
Entre las nubes coloridas
Gaviotas de alas cortas
Y pinturas surrealistas
Me sumergía por los valles
Y acantilados incrustados en las señales
Y avanzaba el rojo
Como un carro desesperado pedaleando mis pedales
Escalé haces de luz
Me sumergí en lagos crudos
Me escondí entre los anunes
Y me empapé de viejos rones
Y creo que hoy soy libre
Burlé a las bicicletas de mi sueño
Y ahora duermo tranquilo
Pues ya no hay bicicletas vigilando mis hombros