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No sé por qué

Zico e Zeca

Não Sei Por Quê

Levantei um dia cedo
Antes do amanhecê
Vi um sabiá cantando
No gaio do pé de ipê

O cantar dos passarinho
Já me fez entristecê
Alembrei da moreninha
Essa ingrata caboclinha
Que mora no Tietê

Quando o passarinho canta
Faz meu coração batê
Tudo pode carculá
Quanto dói um bem-querê

É um causo complicado
Duro pra se resorvê
De quem eu era estimado
Hoje eu vivo desprezado
Eu até não sei por quê?

O destino traiçoeiro
Não me quis favorecê
Destino de enganadô
Tudo pode acontecê

Arrecebi teu desprezo
Só por não te merecê
Não prometo uma vingança
Ainda eu tenho uma esperança
E argum dia hei de te vê

Meu coração vive preto
Como a tinta de escrevê
O amor não é brincadeira
E faz a gente sofrê

Quem ama sem ser amado
Sempre tem que padecê
É triste a dor que eu padeço
E dessa ingrata eu não me esqueço
Nem depois que eu morrê

No sé por qué

Levanté un día temprano
Antes del amanecer
Vi a un zorzal cantando
En la rama del árbol de lapacho

El cantar de los pajaritos
Ya me entristeció
Recordé a la morenita
Esa ingrata campesina
Que vive en el Tietê

Cuando el pajarito canta
Hace latir mi corazón
Todo puede calcularse
Cuánto duele un amor no correspondido

Es un asunto complicado
Difícil de resolver
De quien fui apreciado
Hoy vivo despreciado
Yo ni siquiera sé por qué

El destino traicionero
No quiso favorecerme
Destino de engañador
Todo puede suceder

Recibí tu desprecio
Solo por no merecerte
No prometo venganza
Todavía tengo una esperanza
Y algún día te veré

Mi corazón vive oscuro
Como la tinta de escribir
El amor no es un juego
Y nos hace sufrir

Quien ama sin ser correspondido
Siempre tiene que padecer
Es triste el dolor que sufro
Y de esta ingrata no me olvido
Ni después de morir

Escrita por: Francisco Lacerda / Roque José De Almeida