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Gemidos de Arte/ Versos Íntimos
Crime Passional
Gemidos de Arte/ Versos Íntimos
Súbito, arrebentando a horrenda calma,
Grito, e se grito é para que meu grito
Seja a revelação deste Infinito
Que eu trago encarcerado na minh'alma!
-
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Gemidos de Arte/Versos íntimos
De repente, rompiendo la horrible calma
Grito, y si grito, es por mi grito
Sé la revelación de este Infinito
¡Que traigo preso en mi alma!
¡Ya lo ves! Nadie ha visto el formidable
El entierro de tu última quimera
Sólo la ingratitud - esta pantera
¡Era tu compañera inseparable!
¡Acostumbrarse al barro que te espera!
Hombre, que en esta tierra miserable
Vidas, entre bestias, se siente inevitable
Necesito ser una bestia, también
Aquí hay una coincidencia. ¡Enciende tu cigarrillo!
El beso, amigo mío, es la víspera del esputo
La mano que palidece es la misma mano que piedras
Si alguien se arrepiente de su especie
Piedra esa mano vil que te acaricia
¡Escaramuzas en esa boca que te besa!
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