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Vagabundo
Pirilampo e Saracura
Vagabundo
Vagabundo
Nací como nace cualquier vagabundo
Eu nasci como nasce qualquer vagabundo
Hasta hoy no lo supe
Até hoje eu não soube
quienes fueron mis padres
Quem foram meus pais
Crecí en tabernas
Eu cresci nas tavernas
Al sonido de botellas pescando desde la línea
Ao som das garrafas pescando de linha
Al borde del muelle, si almuerzo, no ceno
Na beira do cais se almoço não janto
si ceno no se
Se janto eu não sei
Me basta con comer una vez
Pra min é o bastante comer uma vez
A casa no tomo ninguna mierda
Pra casa eu não levo nenhum desaforo
Visito la cárcel diez veces al mes
Eu visito a cadeia dez vezes por mês
Y en las noches oscuras si tengo dinero
E nas noites escuras se eu tenho dinheiro
A veces me pongo un pifo grueso
Às vezes me enfio num grosso pifão
En las noches de luna me apoyo en la esquina
Nas noites de lua me encosto na esquina
cantando modinha
Cantando modinha
con mi guitarra
Com meu violão
Es alrededor de la medianoche que el sueño se apodera de mí
Lá pra meia noite que o sono me aperta
así que me acuesto en cualquier lugar
Então eu deito em qualquer lugar
Las piedras de la calle son mi almohada
As pedras da rua são meu travesseiro
Y la puerta de la iglesia me sirve de hogar
E a porta da igreja me serve de lar
Si salgo a la calle dispuesto a pelear
Se saio na rua disposto a brigar
Todos se sienten intimidados por mi navaja
Todos se intimidam da minha navalha
Y así sigo viviendo sin un naufragio o un borde
E assim vou vivendo sem eira nem beira
Disfrutando de las delicias de la vida sinvergüenza
Gozando delícias da vida canalha
bufanda de cuello, cigarrillo en la barbilla
Lenço no pescoço, cigarro no queixo
Sombrero colapsado viola en mano
Chapéu desabado viola na mão
Si encuentro una pelea, provocaré
Se encontro uma briga já vou provocando
Y si tocas el polvo se levanta del suelo
E se toca a poeira levanta do chão
Casi me golpean cuatro individuos
Eu já quase apanhei por quatro indivíduos
Una pelea que hice en la barra de café
Uma briga que eu fiz no bar do café
Gracias por la firmeza que tengo en mi muñeca
Valeu a firmeza que eu tenho no pulso
Gracias por la habilidad que tengo en el pie
Valeu a destreza que eu tenho no pé
Di un paso y el sombrero voló
Dei uma pernada que o chapéu voou
Era levantarse y el grupo caer
Era alevantar e turma cair
Hago esto para darle trabajo a la policía
Faço isso pra dar trabalho a polícia
Mientras la muerte no me recuerde
Enquanto que a morte não lembra de min
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