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Corsário Satã

A Barca do Sol

No quarto oco do inquieto sonho mudo
Roubado à noite, que não pára de passar
Respiro o ar por entre gotas de perigo
Duas janelas que não param de chamar
Uma janela corre por fora
Um sol que nasce e depois vai embora, vai embora

Outra janela é sangue vermelho
Quatro punhais cravados no espelho
Como os falcões que sobrevoam a cidade
Pirata negro, velas soltas sobre o mar
Onde um bandido solitário, passo antigo
Duas janelas que não param de chamar, de chamar, de chamar

Outra janela é sangue vermelho
Quatro punhais cravados no espelho
Quatro punhais cravados no espelho

Escrita por: João Carlos Pádua / Nando Carneiro. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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